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Fugiu a um casamento imposto e é apedrejada até à morte (vídeo)

No Afeganistão, uma jovem acusada de adultério foi morta por apedrejamento, num crime praticado por talibãs. A jovem terá tentado fugir a um marido que não escolheu. O vídeo, divulgado nas redes sociais, não deve ser visto por pessoas sensíveis.

Talibãs e chefes de guerra no Afeganistão consumaram a morte de uma jovem afegã que era acusada de ter cometido o crime de adultério.

A sentença foi praticada em Ghalim e filmada por diversas testemunhas da cena, em que ocorreu numa zona montanhosa da província de Ghor, segundo avança a AFP.

Entidades governamentais já atestaram a veracidade do vídeo tornado público e disseminado nas redes sociais.

Esse vídeo mostra uma parte desse apedrejamento. Apesar de a imagem se apresentar desfocada no buraco onde a mulher foi colocada, os o registo pode ferir a suscetibilidade dos leitores.

O áudio exibe o choro e as súplicas da vítima, que são suspensos apenas por breves instantes, em cada pedra que atinge a afegã – uma jovem que teria 19 anos.

A afegã de 19 anos tinha sido obrigada a casar com um homem e decidiu fugir com outro jovem, da sua idade.

Este apedrejamento ocorreu há alguns dias (não há data precisa), segundo avança a governadora Sima Joyenda, em declarações àquela agência noticiosa.

Joyenda é uma das duas mulheres que lideram províncias do Afeganistão – as restantes 32 são chefiadas por homens.

A vítima de apedrejamento surge dentro de um buraco, rodeada por homens. Só a cabeça surge ao nível do solo. E é na cabeça que é atingida.

Quatro homens atiram as pedras, sob o choro de clemência e dor da jovem afegã. Em causa, a prática de adultério, que terá levado a mulher a tentar fugir com o amante.

Num ato de ‘justiça’ popular, mistura-se a fé muçulmana. Segundo escreve a Lusa, a mulher afirma “Não há outro Deus além de Deus”, naquelas que são as suas derradeiras palavras, proferidas durante o apedrejamento.

Segundo adianta a AFP, uma porta-voz da governadora também garantiu que o registo de vídeo é real. Sima Joyenda diz que a vítima foi “apedrejada até à morte por talibãs, por clérigos e chefes de guerra irresponsáveis”.

A governadora afegã espera agora que o governo central de Cabul tome medidas no sentido de libertar a região do controlo talibã.

O vídeo, reiteramos, não deve ser visto por pessoas sensíveis.

https://www.youtube.com/watch?v=zj4cSDfdoBI#t=13

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