Francisco J. Marques avisa primeiro-ministro sobre o ‘clube querido’
O diretor de informação e comunicação do FC Porto não deixou passar em claro a expressão utilizada pelo primeiro-ministro, que se referiu ao Benfica como o clube “querido”, no último debate no Parlamento. Francisco J. Marques diz a António Costa que está em causa “corrupção no ‘clube querido'” e questiona se as águias e o seu gabinete de crise vão levar em conta as declarações do chefe de Governo.
“Não sei se o gabinete de crise vai considerar estas declarações de António Costa como estando no Índex, mas é importante lembrar que em causa não está apenas a violação do segredo de justiça. Em causa está corrupção no ‘clube querido’, expressão comum noutras paragens”, escreveu o dirigente portista, na rede social Twitter.
Ao comentar o caso ‘E-toupeira’, António Costa notou que “pelo menos por uma vez” foi possível descobrir alguém que é suspeito de ter quebrado o segredo de justiça.
Quando Fernando Negrão, da bancada do PSD, questionou o primeiro-ministro se o Governo tinha tomado medidas para proteger o sistema informático utilizado na justiça, António Costa disse que, embora tratando-se “de um clube querido” a ambos, iria explicar o que o elenco governativo já tinha feito.
“A fazer fé no que vem na comunicação social, eu creio que não há forma alguma de prevenir que alguém que esteja certificado para utilizar o sistema o utilize de forma indevida”, salientou, na quinta-feira, António Costa.
O processo ‘E-toupeira’, recorde-se, investiga vários agentes judiciais sobre os quais recai a suspeita de fazerem parte de um alegado esquema do assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, par ter acesso a informação em processos a correr na justiça.
