Desporto

Fernando Gomes crítica duramente estado do futebol português

Num artigo publicado esta sexta-feira nos jornais desportivos, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tece duras críticas ao atual panorama do futebol nacional, sublinhando o “clima de ódio” e a “particular preocupação com os setores da arbitragem e dos adeptos”.

A recente nomeação de Fernando Gomes para a Comissão Executiva da FIFA e para a vice presidência da UEFA deverá ser tida, segundo o próprio, como uma “oportunidade de Portugal participar na definição de políticas e nas decisões do futebol internacional”.

Contudo, o presidente da FPF não poupa nas críticas ao panorama do futebol português nos dias de hoje, reconhecendo que “há muito para fazer”.

“O clima que se vive hoje no futebol profissional português é inimigo do crescimento e da afirmação da indústria, quer no plano nacional quer internacionalmente”, começou por dizer.

“É também um péssimo exemplo para os mais jovens e um fenómeno que contribuí para afastar o adepto, dos estádios e mesmo da modalidade. E sem adeptos, ‘sem consumidores’, bem se sabe como fica comprometida qualquer evolução positiva de uma indústria, de um ‘negócio'”, destacou.

No parecer de Fernando Gomes, Portugal precisa de abandonar o “constante tom de crítica em relação à arbitragem” que considera “inaceitável e impróprio de um país civilizado e com espírito desportivo”.

O líder da FPF vai mais longe ao dizer que é preciso “uma Liga forte”, e responsabiliza os clubes pela “apologia do ódio”.

“Para que tal seja possível é necessário que os clubes saibam encontrar pontes de diálogo naquilo que os une – e na minha opinião é muito! – e, de uma vez por todas, deixem de permitir que os seus símbolos, a sua história e a sua força sejam capturados para a apologia do ódio”, pode ler-se.

Fernando Gomes destaca ainda que estes “sinais de alarme” como “a arbitragem sob ameaça e constante crítica; a violência entre adeptos; o ódio entre clubes, espalhado por redes sociais e orgãos de comunicação social” não podem ser ignorados pelos clubes profissionais nem pelo Estado.

“A FPF está a fazer a sua parte e estará sempre ao lado das soluções construtivas e pacificadores”, terminou.

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