Ciência

O fenómeno natural que deixa o mar da Tasmânia iluminado

Nos últimos dias o mar da Tasmânia tem chamado a atenção dos visitantes e de fotógrafos devido a uma tonalidade azul fluorescente que brilha no escuro e ilumina as águas do oceano. O fenómeno, conhecido como bioluminescência, foi registado em 2014, em San Diego. Recorde essas imagens.

Este fenómeno acontece quando pequenas algas são perturbadas pelas ondas ou correntes, segundo os cientistas locais. O brilho não apresenta perigos para os seres humanos, mas o mesmo não acontece à vida marítima onde surge.

A causa do brilho deve-se a uma alga unicelular chamada ‘scintillans noctiluca‘, mais conhecida por faísca do mar.

A concentração destas plantas forma um plâncton que não é visível durante o dia, mas no escuro emitem pequenos flashes de luz azulada.

O fenómeno, conhecido como bioluminescência, também pode ocorrer em lagos.

Em 2014, verificou-se em San Diego. Veja o vídeo:

Este fenómeno é também um indicador dos efeitos das alterações climáticas. Segundo Gustaaf Hallegraeff, professor de botânica aquática na Universidade da Tasmânia, estas algas foram registadas pela primeira vez em Sydney, na Austrália, em 1860.

Ao longo dos anos, o fenómeno expandiu-se para sul, tendo chegado à Tasmânia em 1994. A partir de 2000, manteve-se na costa da ilha.

“Nós temos algumas evidências de que as correntes oceânicas e o aquecimento dos oceanos têm contribuído para isso. É definitivamente uma espécie que está mostrando uma expansão dramática nos últimos 20 anos”, considerou o professor.

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