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Medicamento para a cura de Alzheimer abre novas esperanças

Há uma nova esperança na cura da doença de Alzheimer, com um medicamento capaz de reduzir as placas afetadas, no cérebro de pacientes. Os primeiros testes clínicos ao fármaco levaram a uma redução considerável dos níveis da proteína beta-amiloide, presente naquelas placas.

Um novo medicamento abre boas perspetivas para a cura doença de Alzheimer. O fármaco, chamado verubecestat, revelou-se eficaz no travão de um efeito da doença.

Nos primeiros ensaios clínicos, 32 pacientes foram sujeitos a tratamento com o medicamento e os resultados foram positivos. O próximo passo será reforçar o número de doentes de Alzheimer, que serão sujeitos a este tratamento.

Alzheimer é caraterizada pela perda de memória, que leva à incapacidade de realizar tarefas diárias, com degradação de funções motoras, até à morte.

A doença de Alzheimer tem origem numa acumulação, no cérebro, de placas formadas pela proteína beta-amiloide. O seu processo de aglutinação, nos neurónios, afeta a transmissão de sinais, o que leva a um bom funcionamento cerebral – com os efeitos conhecidos, desde perda de memória a incapacidade cognitiva.

A doença manifesta-se no cérebro pela presença, entre os neurónios, de placas senis e é provocada pela produção exagerada (ou falhas no processo de ‘reciclagem’ do organismo) daquela proteína.

Essas placas senis são compostas, precisamente, pela proteína beta-amiloide. E o novo medicamento, chamado verubecestat, atua precisamente na enzima BACE1, que cumpre uma função fundamental na produção da proteína beta-amiloide.

Diversos investigadores já tinham tentado bloquear aquela enzima. No entanto, somente o conseguiram com efeitos secundários graves. Este medicamento é o primeiro que inibe a BACE1 e que foi aprovado para testes clínicos de fase 3 (com um número elevado de pacientes).

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que Alzheimer representa 70 por cento dos casos de doenças degenerativas. No total, este tipo de problemas afeta mais de 47 milhões de pessoas, em todo o mundo.

A tendência é para um agravamento deste quadro, ainda de acordo com a OMS, que estima que a barreira dos 130 milhões de pacientes possa ser ultrapassada em 2050.

Uma única dose da droga foi capaz de reduzir consideravelmente o nível da proteína beta-amiloide no sangue e no fluido cérebro-espinhal de ratos e macacos. Os animais não manifestaram sinais de toxicidade.

A pesquisa, cujos resultados foram publicados  na revista ‘Science Translational Medicine’, foi realizada nos laboratórios de pesquisa da farmacêutica Merck Sharp & Dohme.

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