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Fama de Tony Carreira intimida peritos chamados a atestar se houve plágio

As perícias às canções de Tony Carreira, para atestar se houve ou não plágio, estiveram quase paradas por ‘boicote’ dos peritos. A Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC) explicou ao Ministério Público (MP) as “sucessivas hipóteses frustradas para recrutar um perito”.

A resposta da IGAC, citada pela Lusa, foi enviado ao MP em fevereiro deste ano: as perícias foram requisitadas em maio de 2015.

“Penitenciamo-nos pela morosidade numa resposta, a realidade é que fomos confrontados com sucessivas hipóteses frustradas para recrutar um perito para o exame em questão”, explicou a IGAC, num ofício assinado por Luís Silveira Botelho e que consta dos autos.

Numa resposta escrita para a Lusa, o inspetor-geral da IGAC deixou perceber que os peritos terão recusado fazer as perícias por temerem retaliações por parte de Tony Carreira.

“É subjetivamente compreensível o constrangimento de músicos portugueses em avaliar obras de um artista português em situação como a que está em causa”, escreveu Luís Silveira Botelho.

Sobre os quase dois anos que demorou a resposta ao MP, o responsável adiantou que, “apesar das diligências efetuadas, várias outras centenas de perícias e de ações de fiscalização no terreno que a IGAC realiza, nem sempre são alcançadas, em tempo razoável, respostas a todas as solicitações”.

“Não é normal que situações destas sucedam”, acrescentou o inspetor-geral, “mas a realidade é que, entre várias centenas de perícias, com escassos recursos, há por vezes situações que não correm como desejável, como foi o caso em apreço”.

A perícia acabou por ser realizada por um perito português com vasta experiência musical e que tem atualmente 60 anos.

Tony Carreira é acusado pelo MP de plagiar 11 temas, com a colaboração do compositor Ricardo Landum.

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