O egípcio Boutros Boutros-Ghali morreu hoje, aos 93 anos de idade. O óbito do primeiro secretário-geral das Nações Unidas nascido em África foi revelado, ao Conselho de Segurança da ONU, por Rafael Ramirez, o embaixador da Venezuela que preside ao organismo.

O anúncio da morte de Boutros Boutros-Ghali, que à frente da ONU se tornou num dos mais prestigiados líderes mundiais, foi avançado sem qualquer outra informação sobre as circunstâncias que levaram à morte do diplomata.

“Fomos informados que o antigo secretário-geral Boutros Boutros-Ghali faleceu”, afirmou Rafael Ramirez, o embaixador da Venezuela que durante este mês preside ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Senhor ONU

Boutros Boutros-Ghali, nascido no Cairo (Egito) a 14 de novembro de 1922, foi o primeiro africano a exercer a liderança da ONU, ocupando o cargo de secretário-geral entre 1992 e 1996.

Para a história da organização ficou o forte empenho de Boutros-Ghali na resolução de dramas humanitários como a crise de fome na Somália, que esteve na origem da primeira operação de grande envergadura de apoio às vítimas no Corno de África.

O reverso da medalha ocorreu a meio do mandato, em 1994, com o falhanço da operação humanitária após o genocídio do Ruanda e o insucesso na resolução da guerra civil angolana.