Ciência

Desgosto amoroso pode causar problemas cardíacos no futuro

Um estudo comprovou que um “coração partido” pode mesmo implicar problemas cardíacos no futuro. E não apenas em desgostos amorosos. Aqui ficam também situações que causam uma dor extrema, como por exemplo a morte de um familiar ou amigo próximo.

O estudo, publicado no Open Heart, envolveu cerca de 80 mil pessoas e concluiu que as pessoas que passam pela morte do companheiro, familiares ou amigos, correm mais riscos de ter fibrilação atrial, isto é, batimentos cardíacos acelerados e irregulares. Os efeitos de uma dor extrema deixam de estar apenas associados apenas ao mental, passando a estar também propenso a mudanças físicas que podem levar a problemas cardíacos graves.

Os investigadores vêm a estudar há algum tempo uma doença denominada por “síndrome do coração partido”, que acontece quando uma pessoa fica sujeita a um nível elevado de stress emocional, sente os sintomas de um ataque cardíaco, chegando mesmo a sentir falta de ar e dores no peito, sem ter as artérias obstruídas. A conclusão é que uma situação imprevisível e que “mexe” com o nosso sistema emocional despoleta hormonas de stress.

A pesquisa foi realizada na Dinamarca e a equipa de investigadores estudou 88 660 pessoas diagnosticadas com fibrilação atrial. Aquelas que tinham perdido um parceiro tinham 41 por cento de mais probabilidades de desenvolver a doença no primeiro mês após a morte do parceiro do que aquelas que não passaram por uma situação idêntica. Para além disso, o estudo concluiu que o risco de ter a doença aumenta nos jovens e naqueles cujo parceiro faleceu inesperadamente.

O cardiologista Harmony Reynolds da NYU Langone Michael Center, em declarações à revista Time disse que a ligação entre o stress e o coração já é conhecida, mas, no entanto, ainda não se sabe o que fazer para travar os seus efeitos. “Não temos como evitar a situação de stress na vida, mas pode haver forma de mudar a maneira como o stress afeta o nosso corpo”.

Existem práticas que podem ajudar a diminuir os níveis de stress, tais como o exercício físico regular e a meditação, sem que existem certezas de que realmente ajudam a diminuir os danos no organismo.

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