“Estranho que ninguém dê a cara em temas tão importantes como os emails”
O ex-vice-presidente do Benfica arrasou os atuais ‘vices’ por não defenderem o clube face às polémicas levantadas por Francisco J. Marques. Rui Gomes da Silva deixa uma pergunta bem concreta: “Se não for para falar e defender o Benfica, para que servem os vice-presidentes da Direção?”
No mais recente artigo para o blogue Novo Geração Benfica, o comentador e antigo braço-direito de Luís Filipe Vieira arrasou “os vice-presidentes mais calados do mundo”.
“O que estranho é que ninguém dê a cara, a não ser o diretor de comunicação (por dever de função), em temas tão importantes como os emails (já agora, a culpa da ‘permeabilidade’ da estrutura informática morre solteira sem que ninguém dentro do Benfica seja tecnicamente responsável por ela?), sobre as relações com a Liga, sobre todos os temas e sobre os sucessivos ataques que temos sofrido”, escreveu Rui Gomes da Silva.
“Já o disse e repito: se não for para falar e defender o Benfica, quando o clube está a ser atacado como nunca foi, em toda a história, para que servem os vice-presidentes da Direcão? (…) Enquanto por lá andei, nunca me recusei a dar a cara… nos momentos menos bons (porque nos bons aparecem os que gostam de estar […] no palco da glória, como se a vitória tivesse ‘mãozinha’ deles)”, acrescentou.
Garantindo que saiu do Benfica “porque quis”, o ex-vice-presidente contestou ainda o apoio da BTV à “pretensa lista dos clubes europeus… mais corruptos”, que incluía o FC Porto (que, a propósito, prometeu avançar judicialmente).
“Tem de haver limites… até para a forma como arranjamos guerras! Uma coisa é o ‘dente por dente, olho por olho’, que defendo… outra é entrar por caminhos de onde vão querer que não saiamos. A Benfica TV tem de estar acima destas polémicas … para sermos diferentes do que criticamos”, argumentou.
No longo artigo, Rui Gomes da Silva criticou ainda a troca de Nuno Gomes por Pedro Mil Homens e a forma como o caso tem sido debatido publicamente: “Sou completamente contra que sócios de outros clubes venham para a estrutura profissional do Benfica (o que lá vai, lá vai) e não percebo como se deixou arrastar este assunto na praça pública”.
