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Estes animais avisam que há um cancro ou convulsões iminentes

pombo do cancroOs ratos e os pombos são animais que associamos à propagação de doenças, mas também nos podem indicar… a cura. Há animais que conseguem detetar cancro ou tuberculose e outros que ‘avisam’ os epilépticos antes das convulsões chegarem.

Os maiores heróis podem ser os mais improváveis, como os pombos e os ratos. Desde que sejam treinados, como acontece com vários estudos em curso.

Há uma investigação para transformar a ‘praga das cidades’, o pombo, numa fiável, acessível e rápida ferramenta de diagnóstico do… cancro. Já passou um ano desde que o noticiámos.

Embora o cérebro desta ave seja minúsculo, a memória visual é impressionante e pode ser aproveitada, segundo os cientistas, para descobrir alterações quase microscópicas na pele humana que indiciem a presença de um cancro da mama.

Mas há um outro animal que, tal como o pombo, costumamos associar mais à doença do que à cura (ou, neste caso, o diagnóstico): o rato.

Enquanto a ave se distingue pela memória visual, o pequeno roedor pode ajudar a medicina através do olfato.

O nariz humano tem entre 100 a 200 receptores olfativos, mas num rato o número pode subir até aos 1000.

Isto dá aos ratos gigantes de África, ‘voluntários’ num estudo científico, uma impressionante capacidade para distinguir aromas e diagnosticar a tuberculose.

De acordo com os investigadores da Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo (Moçambique), os ratos apresentam um gesto típico (parar e esfregar as patas) quando são postos perante uma amostra que contém um cheiro produzido pelas bactérias da tuberculose.

Os ensaios mostraram que os ratos conseguem analisar 100 amostras em 20 minutos, quando os ‘ratos do laboratório’ – ou seja, os humanos – precisam de dois dias.

Para além de mais rápidos, os ratos gigantes de África têm uma maior taxa de eficácia na deteção, mesmo sem o auxílio de dispendiosos equipamentos tecnológicos.

Ladrar à epilepsia

Num artigo sobre as capacidades fantásticas dos animais não podia faltar o melhor amigo do homem.

No campo da saúde, os cães distinguem-se por conseguirem antecipar as convulsões associadas à epilepsia, embora não haja qualquer estudo científico que fundamente as razões para tal.

Sally Burton é uma adulta que desde a infância sofre de epilepsia e há 13 anos recebeu um ‘alarme’ felpudo chamado Star.

“Uma das primeiras coisas que fiz quando acolhi o Star foi preparar uma chávena de chá, algo que nunca tinha feito em 30 anos com medo de ter uma convulsão enquanto segurava a água a ferver”, salientou esta britânica, em declarações à BBC.

O cão entretanto morreu, mas Sally Burton tem agora Robbie, treinado pela mesma instituição para antecipar as convulsões.

Entre 15 a 45 minutos antes da convulsão, estes cães ‘avisam’ os donos com as patas, que pressionam fixamente contra a pessoa epilética.

“Quando estou fora de casa é reconfortante saber que o Robbie me dará um aviso 100 por cento confiável cerca de 50 minutos antes de qualquer convulsão que venha a ter, o que me dá tempo para procurar um lugar seguro”, acrescentou Sally Burton.

 

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