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“Era mais fácil ir embora e ter as férias que não tive”

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, reiterou a intenção de permanecer no cargo. “Era mais fácil ir-me embora e ter as férias que não tive”, afirmou, em declarações aos jornalistas, nesta segunda-feira.

A demissão da titular da pasta da Administração Interna foi assunto comentado, aquando dos incêndios de Pedrógão Grande e depois de conhecido o relatório desse desastre, que custou a vida a 64 pessoas.

Neste domingo, os fogos regressaram em força, com mais 31 vítimas mortais, segundo o mais recente balanço da Proteção Civil.

Constança Urbano de Sousa foi confrontada com a pergunta: tenciona demitir-se? A resposta foi negativa.

“Para mim seria mais fácil ir-me embora e ter as férias que não tive. Mas, agora não é altura de demissões”, referiu.

A ministra entende que demitir-se seria “abandonar o barco”. “Agora não é o momento para a demissão. É o momento para a ação”, insistiu.

“Estou emprenhada a trabalhar, porque esta é uma situação absolutamente extraordinária. Tivemos ontem 525 incêndios. É preciso recuar muito na memória para encontrar um dia igual”, realçou.

“Eu ia-me embora e acha que o problema estava resolvido?”

“Peço imensa desculpa, mas estou a trabalhar e a acompanhar a situação”, referiu ainda, numa altura em que surgem reações duras de alguns deputados sociais-democratas, que falam em desorientação política, um dia depois da tragédia que assolou Portugal.

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