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A entrevista do juiz: “Não tenho dinheiro em nome de amigos”, diz Carlos Alexandre

O ‘super-juiz’ Carlos Alexandre deu uma entrevista à SIC para ‘responder’ à defesa de José Sócrates. “Não tenho dinheiro ou contas bancárias em nome de amigos”, afirmou o magistrado que se sente escutado “no dia a dia”.

Dias após a defesa de José Sócrates vir à praça pública alegar que o ex-primeiro-ministro já não está sujeito a medidas de coação, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal que decretou essas mesmas medidas, Carlos Alexandre, deu uma entrevista, em exclusivo à SIC.

O ‘super-juiz’, como é apelidado, mandou várias ‘bicadas’ a Sócrates, chegando mesmo a afirmar que não tem “dinheiro ou contas bancárias em nome de amigos”.

“Não tenho fortuna pessoal, nem herdada, não tenho amigos pródigos, os meus encargos só são sustentados com trabalho sério”, insistiu o magistrado responsável por processos mediáticos como o que envolve Ricardo Salgado, que antes era conhecido como ‘o dono disto tudo’.

Carlos Alexandre, que assumiu a alcunha de “saloio de Mação”, insistiu bastante na tese dos “amigos” e também dos… inimigos: “Como dizia um general meu amigo, amigos são os que vão ao meu funeral e mesmo assim se não estiver a chover. Devo ter muito poucos. Sou o saloio do Mação, com créditos hipotecários que tem de trabalhar para os pagar, que não tem dinheiros em nome de amigos, não tem contas bancárias em nome de amigos e até desse ponto de vista que não tem amigos”.

A revelação mais surpreendente do juiz terá sido a confissão de sentir-se escutado, “no dia a dia sob várias formas”, e não ter como o comprovar.

“Por vezes, há pessoas que não conseguem entrar em contacto comigo, o telefone vai para voice mail quando estou em sítios onde há carga máxima e onde há comunicações por pessoas ao lado”, alegou.

Carlos Alexandre respondeu ainda às críticas públicas de ‘se deixar estar’ no Tribunal Central de Instrução Criminal por protagonismo, para ser “o juiz estrela ou justiceiro”, pois não tem as “habilitações” necessárias à progressão para juiz desembargador: “Não tenho livros publicados, não vou a conferências, não tenho pós graduações, trabalho muito”.

Para além disso, acrescentou, “não tenho dinheiro ou contas bancárias em nome de amigos”.

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