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Empregadas no WC? Só com cartaz ao pescoço a dizer: “casa de banho”

aseoAs empregadas de um grupo económico espanhol que quiserem usar o WC são obrigadas a colocar um cartaz vermelho ao pescoço, com a palavra “aseo” (“casa de banho”). O caso já foi denunciado à Inspeção do Trabalho, por se tratar de uma “humilhação”. A administração do ‘El Ciruelo’ promete acabar com o sistema assim que entrar em vigor um… semáforo.

O grupo económico espanhol ‘El Ciruelo’ decidiu obrigar as suas empregadas a pendurar no pescoço um cartaz vermelho, que informa todos os funcionários de que aquela profissional vai utilizar o WC.

A situação provocou a revolta das profissionais, até porque existem apenas três cartazes para cerca de 400 trabalhadoras. Sempre que estas quiserem utilizar o WC, terão de se deslocar a uma superior hierárquica, que lhes concede o cartaz.

Sem esta autorização, não podem usar as instalações sanitárias. Com apenas três cartazes, as empregadas ficam sujeitas a tempos de espera intermináveis. Mas não é somente esta espera que as perturba. É, acima de tudo, aquilo que consideram ser uma “humilhação” e um desrespeito pelas trabalhadoras.

A administração do grupo defende-se, alegando que o dístico pode ser levado na mão, colocado num bolso, e não, necessariamente, pendurado ao pescoço. No entanto, tem um cordel, além de uma dimensão que impede que seja guardado num bolso.

A justificação do ‘El Ciruelo’ vai mais longe: este sistema de uso da casa de banho só estará em vigor enquanto não ficar concluído o novo sistema que será implementado: um semáforo. O WC terá luz verde e vermelha…

Certo é que, fartas da situação, as empregadas do ‘El Ciruelo’ (na zona de Múrcia) decidiram protestar e apresentar uma queixa na Inspeção do Trabalho. E contam já com o apoio de estruturas sindicais.

As regras de utilização das casas de banho têm prazos curtos. E há castigos para quem prevaricar. Se um funcionário demorar mais do que cinco minutos, verá 30 minutos descontados no salário.

Segundo alguns relatos, já há quem evite consumir líquidos para não sentir necessidade de utilizar as instalações sanitárias. Trata-se de “uma situação vergonhosa, que viola os direitos dos trabalhadores, sujeitando-os a uma humilhação”, segundo António Jiménez, responsável da UGT de Múrcia.

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