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Economista próximo de Rio exige aumentos para a Função Pública

O ex-governante Fernando Alexandre pressiona o Governo a explicar porque não concede aumentos à Função Pública, apesar de garantir que não quer ser um porta-voz do PSD.

O economista, próximo de Rui Rio e que foi secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna no Governo de Passos Coelho, concedeu uma entrevista ao Observador para acusar António Costa de se contradizer.

“O discurso que ele tem para uma plateia de empresários é completamente diferente do discurso que ele tem, depois, quando se está a discutir o Orçamento”, argumentou.

Na qualidade de funcionário público, o social-democrata aproveitou a entrevista para… exigir um aumento.

“Já digo há muitos anos – e o Conselho de Finanças Públicas veio repeti-lo agora – que o peso dos salários [da Função Pública] no PIB está a cair há muitos anos”, salientou: “O problema não está nos salários dos funcionários públicos. Está nas prestações sociais”.

“Os funcionários [públicos] têm de ter aumentos se a economia crescer. Isso parece-me óbvio”, insistiu Fernando Alexandre, alargando depois essa medida ao setor privado.

Garantindo que não tem “disponibilidade” para ser porta-voz do PSD, o economista aproveitou para deixar várias questões ao primeiro-ministro, pois “é preciso explicar” aos funcionários públicos porque não há aumentos quando a  economia está a crescer.

“Porque é que não há? Porque não merecem? Não deram contributo nenhum para a recuperação? É porque já tiveram as reposições dos salários? Se a economia estiver a crescer, porque não?”

A insistência parte de quem, “em 2008”, foi dos primeiros a defender um corte nos salários da Função Pública, devido à crise.

“Os funcionários públicos, como os pensionistas, têm de viver muito aquilo que é o estado da economia. Se há receita, deve haver aumentos”, concluiu: “Cortes salariais só, obviamente, em situações de emergência. Portanto, se a economia estiver a ter um bom desempenho, se estiver a crescer em níveis semelhantes ao deste ano, porque é que os funcionários públicos não hão de ser aumentados?”

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