Economia

Donos do Pingo Doce a favor do aumento do salário mínimo

O assunto tem sido tema nos últimos dias, e um tema que tem levantado muita polémica com representantes de vários setores, entre eles, os presidentes da CAP, CIP e CCP, afirmando que o salário mínimo não deve ser definido por decreto.

Depois de terem sido os primeiros a ser recebidos pelo Presidente da República, João Vieira Lopes da CCP e João Machado, da CAP, mostram a sua oposição clara ao aumento do salário mínimo dizendo que ao devem ser os deputados a definir tais critérios para o aumento do SMN.

Apesar disso, parece que os principais patrões de Portugal não se reveem neste ‘medo’ em ver o salário mínimo a ser aumentado. Foi isso que expressou Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerônimo Martins, empresa que detém, entre outras lojas, o Pingo Doce.

Para o CEO do grupo, a discussão em torno do aumento do SMN não se justifica. O mesmo diz que já paga acima do salário mínimo e diz não perceber toda esta discussão em volta deste tema.

“A Jerónimo Martins já paga muito acima do salário mínimo. O salário mínimo não faz parte do nosso universo. Este aumento não afeta minimamente a companhia”, disse o Pedro Soares dos Santos em entrevista concedida à Antena 1.

Para o mesmo o aumento do salário mínio nacional não vai ter reflexos nas suas empresas, uma vez que a mesma já paga salários muito acima da média.

“O salário médio que a Jerónimo Martins paga é muito acima disso, à volta dos 770, 800 euros, por isso não vai ser um problema.”

O CEO da Jerônimo Martins mostra-se sensível ao momento difícil que muitas famílias portuguesas ainda vivem, mostrando que o aumento do salário nem devia ser questionável.

“Os portugueses ainda vivem uma situação de grande aperto. Foram sujeitos a uma situação de grande desvalorização da sua vida, dos seus rendimentos, não conseguem ainda fazer poupanças e continuam com um consumo muito racional e muito focado”.

 

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