Economia

O dono da IKEA é multimilionário, mas compra roupa em segunda mão

dono da ikea

O sueco Ingvar Kamprad não se tornou multimilionário a ‘estourar’ dinheiro. O fundador e dono da cadeia IKEA só compra roupa em lojas de segunda mão, aproveita viagens internacionais para cortar o cabelo e aproveita promoções ‘em cima’ do prazo de validade.

Aos sete pecados mortais dos cristãos o sueco Ingvar Kamprad, que no dia 30 celebra 90 anos, junta mais um: o do desperdício.

Numa longa entrevista para um documentário biográfico, o fundador da IKEA, a cadeia de mobiliário e acessórios de decoração que é um fenómeno de vendas em vários países, assumiu que leva ao extremo a faceta mais avarenta.

O multimilionário que em 2006 tinha a quarta maior fortuna do mundo (segundo a Forbes) revelou que pondera bem os gastos, talvez até ‘bem’ demais: vai a lojas de usados e às feiras da ladra comprar roupa.

“Julgo que não estou a usar nada que não tenha sido comprado numa feira da ladra”, revelou para o documentário, adiantou o Dagens Industri: “Significa que quero dar um bom exemplo”.

A fortuna de 65.500 milhões de euros foi feita a contar todos os trocos, em especial depois de ter pago 22 euros por um corte de cabelo, na Holanda: a partir daí, só vai ao barbeiro quando viaja para países em desenvolvimento (onde fica mais barato). “A última vez”, confessou, “foi no Vietname”.

É também sob o espírito da poupança que, no momento de comprar iogurtes no mercado de Älmhult, em Agunnaryd (que deu o ‘A’ à IKEA), procura sempre os que estão ‘em cima’ do prazo de validade e, como tal, estão com desconto.

Só nos idos anos 60 é que Ingvar Kamprad ‘esbanjou’ dinheiro. Andou “deslumbrado” e chegou a comprar um Porsche e a mandar fazer fatos num alfaiate. Mas isso passou-lhe e agora o multimilionário vai de autocarro para o escritório e almoça com os funcionários na cantina da IKEA.

A conhecida cadeia sueca reflete a avareza do fundador: foi para a Dinamarca e depois para a Suíça atrás dos impostos mais baratos, terminando com sede naquele que os economistas dizem ser o paraíso fiscal da Europa: o Luxemburgo.

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