Economia

Dois terços das empresas europeias de tecnologia já exportam para a China

UPS_900Segundo um estudo da UPS, os empresários do setor tecnológico esperam um crescimento acentuado das exportações nos próximos anos.

Para além da China (66 por cento), a Índia (41 por cento) e o Brasil (31) são os mercados emergentes preferenciais dos decisores empresariais da Europa para a exportação,  segundo o estudo ‘UPS Change in the (Supply) Chain’.

Os resultados da quinta edição do estudo realizado pela UPS em parceria com a IDC Manufacturing Insights, no qual foram entrevistados 516 executivos da indústria high tech a nível mundial, revelam também que existe uma forte aposta das tecnológicas europeias na impressão 3D – 66 por cento já utilizam esta tecnologia nas suas cadeias de produção.

A investigação conclui ainda que, apesar de o off-shoring continuar a ser amplamente utilizado com o intuito de reduzir custos com a mão-de-obra, um grande número de empresas na Europa já implementa estratégias de near-shoring – 34 por cento dos inquiridos afirmam ter deslocado as suas linhas de montagem para locais mais próximos da procura no último ano e 38 por cento pretendem acrescentar unidades de produção ao longo dos próximos dois anos.

De salientar igualmente que 69 por cento dos executivos europeus consideram o near-shoring, estratégia que consiste na deslocação das unidades de produção e linhas de montagem para locais mais próximos da procura (onde os produtos são consumidos), uma solução importante para a optimização do serviço prestado ao cliente.

“As empresas de alta tecnologia podem agora responder melhor à exigente dinâmica do mercado uma vez que estão a construir estratégias de shoring e cadeias de abastecimento cada vez mais flexíveis” refere Scott Aubuchon, vice-presidente de Marketing da UPS Europa.

“A indústria tecnológica na Europa está a adoptar uma abordagem holística para a avaliação dos custos de transporte e do tempo de entrega dos seus produtos” conclui.

O estudo ‘UPS Change in the (Supply) Chain’ conclui também que 56 por cento dos executivos europeus apontam o right-shoring como elemento importante da sua estratégia de negócio. O right-shoring foca-se na otimização dos processos logísticos através da avaliação de um conjunto de factores – que incluem custos, qualidade e tempo necessário para recuperação de uma eventual falha operacional – para determinar a proximidade dos recursos necessários à produção, armazenamento e distribuição.

A perspetiva de crescimento global no que toca às exportações é elevada, inclusivamente na Europa. Segundo o estudo da UPS, 39 por cento dos entrevistados estimam que as exportações vão continuar a crescer ao ritmo actual nos próximos dois anos. Já 19 por cento admitem que as exportações de high tech vão ter um crescimento mais acentuado.

As empresas deste setor têm penetrado com êxito nos mercados emergentes. No próximo ano, 35 por cento das empresas europeias de high tech planeiam entrar no mercado brasileiro. Já a Índia vai ser o destino de 33 por cento das tecnológicas da Europa.

Embora a entrada nestes mercados registe valores elevados, as barreiras à expansão das empresas do sector continuam a fazer-se sentir.

Para os decisores europeus da indústria, o estabelecimento das operações iniciais nos países de destino constituem o principal desafio à expansão além-fronteiras (40 por cento), seguindo-se os desafios culturais (38) e a atualização constante dos requisitos regulamentares (34). Já em termos globais, a principal barreira passa pela adaptação às diferentes regulações dos mercados internacionais.

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