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Dois megacanis não são a solução, garantem associações do Algarve

As associações de proteção animal estão contra a intenção, anunciada pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), de criar dois megacanis intermunicipais.

Numa carta enviada à AMAL, 19 organizações contestaram a ideia, que classificam de inútil quanto ao objetivo: responder ao (crescente) abandono de animais.

Na missiva, que tem como destinatários os autarcas e as Assembleias Municipais da região, as associações signatárias sugerem que, em vez dos espaços de “armazenamento de cães e gatos”, sejam criadas outras medidas.

Como alternativas mais eficazes, os signatários apontam as campanhas de esterilização de animais errantes, argumentando que se trata de uma matéria de saúde pública, e a criação de vários canis de dimensão inferior.

A criação de vários espaços elimina um dos problemas antecipados com os anunciados megacanis: sendo só dois, ficam distantes de toda a região (excetuando os concelhos onde forem criados, claro).

“A distância colocará problemas logísticos diversos e implicará custos acrescidos que não podem ser ignorados”, defendem os signatários, frisando também que esta proposta desincentiva “o envolvimento da comunidade e dos voluntários desta causa, disponíveis para ajudar, nomeadamente na socialização e na componente do exercício físico dos animais”.

Na carta, as 19 associações defendem ainda um reforço dos meios dos veterinários municipais e uma maior aposta das autarquias em campanhas de adoção e de sensibilização.

“O modelo proposto não serve a região”, diz o texto, pois “não está a ser devidamente acautelado aquele que deve ser o princípio basilar deste tipo de decisões: a garantia do bem-estar animal”.

Afinal, o amor é de graça: para quê comprar quando pode (deve) adotar?

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