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O discernimento deve ser a bússola

Existe uma tendência generalizada, entre aqueles que buscam informação “espiritual”, em acumular conhecimento que às vezes é mais um obstáculo do que um foco de inspiração ou orientação. Actualmente, a grande parte da informação “espiritual” que encontramos nos livros ou no “mundo virtual”, muitas das vezes transmitem matéria distorcida na qual predomina a especulação de mentes férteis que buscam leitores “esfomeados” por teorias e hipóteses para nutrir as suas psiques febris e em constante turbilhão. Desta forma o discernimento e a percepção da realidade são altamente distorcidos. O conhecimento genuíno não se baseia em conceitos fantásticos e improváveis, mas sim em verdades Universais que regem o nosso Planeta há milhões de anos.

Ao contrário do que parece não se trata de acumular quantidades exorbitantes de informação, mas sim de assimilar tudo o que sucede na nossa vida, e isto, requer discernimento e prática. Inconscientemente disfarçamos e ignoramos a nossa actual situação ao agirmos como meros observadores, críticos e acumuladores de informação, esta postura entra em confronto com o puro discernimento e inteligência espiritual. A chave do desenvolvimento “espiritual” não se foca só no consumo de Informação que alimenta o nosso intelecto e ego inferior, mas também em nutrir o nosso Ser.

O discernimento deve ser a bússola que nos indica o trajecto a seguir. Sem a prática “espiritual”, toda a informação que não se fundamente num processo de reflexão interior e meditação causa confusão e desalento, que é onde muitos de nós nos encontramos. O progresso “espiritual” não depende de conceitos e teorias mas sim num trabalho interior onde a perspectiva e visão da realidade são modificadas. A perseverança, o método e a prática são essenciais para a transformação dos estados depressivos que nos deixamos cair. Temos que agir neste momento, observando e analisando o que nos sombreia. A transmutação deste estado para uma conduta de bondade, amor, compaixão, solidariedade, leva-nos a uma transformação real do nosso interior, é neste ponto que podemos afirmar que nos encontramos no caminho “espiritual”. Disciplinar a mente e o ego não é tarefa fácil, mas este é o verdadeiro trabalho, não nos adianta acumular muita informação enquanto não adoptarmos uma atitude dinâmica e firme no que realmente significa estar no caminho “espiritual”.

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