Uma funcionária foi despedida da cantina escolar por “desfalque” e “imprecisão nas transações”. Mas a verdadeira razão, garante Dalene Bowden, foi ter oferecido o almoço a uma menina de 12 anos que não tinha dinheiro para pagar a refeição.
A mulher contou ainda, nas entrevistas que tem dado aos media locais, que já tinha recebido uma admoestação verbal quando deu uma bolacha a uma criança.
“Isto parte-me o coração”, desabafou Dalene Bowden, que nos últimos 25 anos trabalhou nas cantinas do distrito escolar de Pocatello/Chubbuck, no estado do Ohio, nos EUA.
“Não vou pedir desculpa quando sei que voltaria a fazer o mesmo, quaisquer que fossem as consequências. Posso ter desrespeitado as regras, mas ofereci-me para pagar a refeição e não consigo entender que tenha perdido o emprego por causa disto”, frisou.
A quem a despediu, deixou uma questão: “Eu sei que fiz mal, mas o que é que vamos dizer às crianças quando têm fome e não têm dinheiro?”
Ainda segundo Dalene Bowden, a menina de 12 anos explicou que só tinha um dólar com ela e prontificou-se a dar essa moeda, gesto que foi recusado pela funcionária.
Ao tomarem conhecimento do caso, Raushelle Guzman, mãe de duas crianças que frequentam as escolas de Pocatello, deu início a uma petição, pela reintegração da funcionária, que já conta com mais de 38 mil assinaturas.
“Penso que ela fez o que era certo e temos de garantir que todas as crianças que precisam de almoçar vão poder almoçar. É preciso mudar as regras do distrito escolar. Não há necessidade de humilhar ou menosprezar uma criança ou um trabalhador nesta situação”, argumentou Raushelle Guzman.
A administração do distrito escolar é que não concorda e apresenta a sua versão do caso.
Douglas Howell, o superintendente interino de Pocatello/Chubbuck, salientou que as crianças desfavorecidas da área têm direito a refeições grátis.
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