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DECO faz novo alerta sobre o peso excessivo das mochilas escolares

A DECO faz um novo alerta contra o peso das mochilas. Enquanto o Parlamento ignora a petição sobre o tema, a associação de defesa do consumidor revela que dois terços dos alunos carregam demasiado peso às costas. Há dias de aula em que a mochila chega a pesar 11 quilos.

O estudo da DECO, a ser publicado na edição de setembro da revista Proteste, surge a tempo do regresso das aulas e em tempo de campanha política para as autárquicas de 1 de outubro.

Uma petição sobre o peso excessivo das mochilas foi subscrita por mais de 48 mil cidadãos, número recorde para iniciativas populares, mas ainda não foi analisada pelos deputados. Estará algures nas mesas da comissão de Educação e Saúde.

O peso excessivo das mochilas acarreta graves perigos para a saúde das crianças, agravados no escalão entre os 10 e os 13 anos, quando os ossos ainda não estão completamente formados.

Um aluno de 11 anos chega a carregar uma mochila a pesar mais de 11 quilos, que corresponde a mais de um terço do peso corporal da criança (o limite máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde), avisa a DECO.

De acordo com o estudo, realizado em março e que envolveu 174 crianças, 66 por cento por cento dos alunos carregavam peso a mais na mochila.

Este número reflete um agravamento da situação face a 2003 (o ano do estudo anterior), quando ‘apenas’ 53 por cento dos alunos andava com a mochila demasiado pesada.

Outro agravamento verificado ocorre nas cargas mais intensas, ou seja, quando o peso da mochila é superior a 20 por cento do peso corporal da criança: passou dos 4,5 (em 2003) para os 16 por cento.

A DECO salienta que este excesso de peso ocorre durante quase metade do dia, pois além da carga horária letiva, que pode chegar às nove horas, é preciso somar o tempo usado nas deslocações entre casa e escola.

Um aluno, citado no estudo, descreveu o que contribui para o peso excessivo das mochilas: livros, cadernos, estojos e roupa e calçado para Educação Física.

A associação, que pretende ser consultada pela comissão parlamentar de Educação e Saúde, à qual enviou os resultados do estudo, defende a instalação de cacifos nas escolas e uma maior aposta nos conteúdos digitais.

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