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“Decisão do Presidente português mostra que a UE está a tornar-se numa União Soviética”

Num longo artigo dedicado ao atual momento de tensão que se vive na União Europeia e, particularmente, aos últimos desenvolvimentos na política em Portugal, a Forbes escreve que a UE se está a transformar numa autêntica União Soviética.

Um artigo de Frances Coppola para a Forbes, onde é revista grande parte dos antepassados da União Europeia e da União Soviética, o atual momento da União Europeia é visto como a implantação de uma nova ditadura, uma ditadura da direita europeia.

Casos como os que aconteceram na Checoslováquia, em 1968 – aquando da queda de Alexander Dubcek – onde a União Soviética invadiu o país para derrubar (com sucesso) aquele governo foram mencionados. Em causa estariam as práticas de políticas socialistas que iam contra as convenções do Tratado de Varsóvia.

Também o caso da Grécia foi descrito, onde a forma quase ditatorial da UE obrigou Alexis Tsipras a adotar as medidas de austeridade por eles (UE e BCE) exigidas.

A indigitação de Passos Coelho, mesmo tendo uma minoria parlamentar, e a forma crispada de Cavaco subjugar dois partidos à nulidade, são descritos na Forbes como os caminhos ditatoriais impostos pela União Europeia.

A Forbes cita um texto do The Telegraph que também indica os caminhos perigosos por onde Portugal está a caminhar: “O Senhor Cavaco Silva está efetivamente a usar o seu escritório para impor uma agenda ideológica reacionária, no interesse dos credores”,

Neste longo artigo, onde nenhuma instituição Europeia ‘escapa’, o BCE é visto como uma bomba atómica, ‘uma arma de destruição em massa’.

“Assim como o esmagamento da Primavera de Praga terminou a ostensiva oposição ao comunismo de estado soviético para uma geração, então, a quebra do governo Syriza terminou a ostensiva oposição ao domínio de Bruxelas. Ninguém ousa opor-se às instituições europeias. O BCE é uma arma de destruição em massa. Isso pode impor fome em populações inteiras se escolhe ir contra os seus modos. E após a quebra da Grécia, ninguém tem dúvidas de que faria então para evitar o fracasso do projeto Euro.”

Os factos de o Presidente ter indigitado um primeiro-ministro de um Governo destinado a cair e de ter deixado no ar a ideia de que não daria posse a um governo de esquerda pode levar Portugal a um ciclo político (governo de gestão) muito perigoso.

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