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Cyril Despres: “Esta vitória tem um sabor partucular após dois anos a aprender”

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A quarta etapa do Rali Dakar 2017 foi tudo menos fácil, e nada ficou a dever à anterior, e a equipa Peugeot sentiu-o ‘na pele’ ao perder o concurso de Carlos Sainz, que não evitou cair com o seu 3008 DKR num buraco e teve de se despedir da prova.

Valeu à marca de Sochaux a exibição de Cyril Despres, que se impôs na especial de 416 quilómetros que integrava a tirada entre San Salvador de Jujuy (Argentina) e Tupiza (Bolívia).

Despres não apenas foi o mais rápido na etapa como ‘saltou’ para o comando do rali, graças às exibições menos conseguidas dos seus companheiros de equipa Stéphane Peterhansel e Sebastien Loeb.

Cyril, ex-vencedor do Dakar em motos tinha razões para estar satisfeito à chegada a Tupiza, apesar de sublinhar que a etapa não foi fácil: “As primeiras partes da especial eram complicadas, com muita vegetação e rastos pouco visíveis. O David (Castera, o navegador) fez um bom trabalho e não cometeu nenhum erro”.

“Ficamos depois a rolar atrás do Carlos durante grande parte do dia, o que nos permitiu manter um bom ritmo. Estamos muito satisfeitos. Esta vitória tem um sabor particular após dois anos e meio passados a aprender a forma de conduzir o carro”, referiu ainda Despres.

Stephane Peterhansel (FRA) of Team Peugeot TOTAL races during stage 4 of Rally Dakar 2017 from San Salvador de Jujuy, Argentina to Tupiza, Bolivia on January 5, 2017.

Já para Peterhansel “a especial não era particularmente difícil. As dunas subiam-se bem”, mas admite que se perdeu “antes de chegar às partes mais rolantes”, sublinhando que tentou regressar ao caminho certo mas caiu num buraco. “A direção ficou danificada e a roda da frente partiu-se. Este pequeno erro de navegação custou-nos muito tempo. A prova não acabou, faltam ainda muitos quilómetros”, acrescentou.

Loeb refere que para si o dia foi muito complicado: “No final fiquei contente por estar à chegada. Foi uma boa surpresa perceber que o Cyril foi o mais rápido. Era ele quem estava mais atrasado em relação a nós, o que nos permitiu continuar mais ou menos na luta, apesar dos problemas que encontramos.

“Ficamos parados ao fim de meia hora. O Daniel (Elena, o navegador) saiu-se bem na primeira parte da navegação, mas de repente o carro parou e não avançou mais. Fiz ‘reset’ e ele arrancou, mas depois parou outra vez. Retiramos o capot traseiro, tentámos várias coisas e finalmente uma projeção de óleo permitiu ao carro arrancar de novo. Limitamos as perdas mas estou desiludido com estes inconvenientes”, rematou o ex-campeão do mundo de ralis.

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