Nas Notícias

Crianças entre os 10 e 15 anos consomem mais sal do que os pais

O Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, realizou um estudo que revelou que cerca de 60 por cento das crianças consomem mais sal do que os pais, que já apresentam um consumo excessivo.

O médico Jorge Cotter divulgou a conclusão à agência Lusa, após o acompanhamento de mais de 300 crianças entre os 10 e os 15 anos da escola EB 2,3 Professor João de Meira.

Uma análise anterior, mais precisamente em 2013, mostrou um consumo excessivo de sal, algo que volta a acontecer, registando-se um ligeiro agravamento. “A ingestão de sal continua a ser muito acima do que é recomendável e não há qualquer evolução positiva, antes pelo contrário há uma ligeira tendência para o aumento do consumo de sal”, afirmou o médico.

Segundo Jorge Cotter, verificou-se que 60 por cento das crianças ingerem mais sal do que os pais. Este é um dado que irá ser divulgado no 11º Congresso Português de Hipertensão, que começa na quinta-feira em Vilamoura.

“Isto mostra que tem falhado a mensagem para que, nas crianças, a ingestão de sal seja diminuída. E não só a mensagem como as medidas de ordem prática. Seguramente, entre 2010 e 2013, na nossa população, não deu resultado”, constatou.

O médico defende que a intervenção para reduzir o consumo de sal nas crianças tem de ser ativa, prática e com continuidade, devendo começar mesmo antes da adolescência.

Os investigadores criaram uma intervenção que passava por promover um clube de jardinagem no qual as crianças aprendiam, em termos práticos, a usar alimentos de forma mais saudável e ervas que ajudam a substituir o sal. Uma avaliação feita seis meses depois, revelou o sucesso da mesma, uma vez que o consumo de sal “tinha descido de uma forma significativa”.

Em destaque

Subir