Mundo

Criança britânica tem superpoder de reconhecer rostos

No sentido literal, esta criança é uma super-reconhecedora. Aos 14 anos, reconhece pessoas que viu quando tinha cinco anos e identifica pessoas que viu na televisão, apenas por segundos. A mãe quis perceber o fenómeno e colocou-a ao ‘serviço’ da ciência.

A família já há muito tinha percebido que a miúda não era absolutamente normal, mas o diagnóstico só agora se tornou oficial. A britânica, agora com 14 anos, reconhece pessoas que viu quando tinha cinco anos, mesmo que a sua aparência tenha mudado consideravelmente, e reconhece facilmente pessoas que vislumbrou na televisão, ainda que por curtos segundos.

De forma a perceber a profundidade do fenómeno, a mãe decidiu levar a criança ao consultório de Sarah Bate – uma especialista na área que estuda pessoas que têm a habilidade de reconhecer rostos.

Ao fim de um mês de análises e estudos sobre a criança, a especialista publicou um estudo intitulado de “Super-reconhecimento em desenvolvimento: o estudo de um caso de uma adolescente com extraordinárias capacidades de reconhecimento facial”.

Ao comparar os resultados com os de outras crianças, Sarah comprovou que esta criança é uma “super-reconhecedora”.

“O desempenho da criança, em múltiplas tarefas, indica que ela é uma super-reconhecedora”, disse Sarah Bate, citada pelo El País.

O único “poder” da criança é o simples facto de conseguir gravar, na sua memória, as características das pessoas “todas juntas e não de uma forma fragmentada”, explica a especialista.

Ao contrário das outras pessoas, que se focam nos olhos das pessoas, isto acontece porque um super-reconhecedor se foca no centro do rosto, analisando lentamente todas as características.

“Descobrimos que ela olha principalmente para o centro do resto, particularmente para a região do nariz”, explica Sarah Bate.

O caso não é inédito, mas assume contornos fantásticos já que se trata de uma adolescente de 14 anos, quando, até à data, só adultos tinham evidenciado o “super-reconhecimento”.

A investigadora está agora a procurar crianças com condições semelhantes, de forma a perceber se esta habilidade é uma capacidade inata ou adquirida.

Em destaque

Subir