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Coreia do Sul pronta a usar bombas de apagão

A Coreia do Sul está pronta a usar contra a Coreia do Norte uma arma utilizada desde 1990, mas só recentemente classificada: a bomba de apagão. Apesar do nome, não mata ninguém (pelo menos, diretamente).

Estes engenhos são compostos por partículas microscópicas (menos de 0,025 milímetros) de filamentos de carbono, sobretudo grafite.

Quando explodem, as bombas de apagão libertam as partículas no ar. Como são demasiado pequenas, são inspiradas pelas pessoas na respiração, mas também não têm tamanho para se fixarem no interior dos pulmões.

Esta é uma arma que atua ao nível… elétrico. O grafite é um dos melhores condutores da eletricidade e, quando entra em contacto com a rede, aquece tanto que derrete os cabos, provocando um apagão.

Só recentemente é que estas bombas foram classificadas como arma, mas já são usadas há cerca de três décadas.

Na Guerra do Golfo, em 1990, a Força Aérea dos EUA eliminou 85 por cento do sistema elétrico do Iraque. No final dessa década, a NATO usou as bombas de apagão contra a Sérvia (1999), destruindo 70 por cento da rede elétrica.

Agora, também a Coreia do Sul está pronta a usar estas bombas, na sequência do aumento da tensão com a Coreia do Norte.

A agência de notícias Yonhap revelou que a Agência da Defesa sul-coreana está a acelerar a produção destes engenhos, que vão integrar o programa Corrente da Morte: em caso de ataque da Coreia do Norte, as bombas de apagão serão lançadas contra a artilharia e sistemas de mísseis norte-coreanos.

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