O tabagismo mata cerca de seis milhões de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que no relatório ‘A Epidemia Global do Tabaco 2015’ prevê um aumento de doenças relacionadas com o tabaco. A agência da ONU estima que em 2030 esse número possa aumentar, caso não sejam tomadas medidas, como por exemplo o aumento de impostos sobre os cigarros.

Conte seis segundos. Morreu mais uma pessoa vítima do tabaco. Esta média negra pode ser ainda mais preocupante, se os governos não tomarem medidas, avisa a OMS.

A OMS estima que seis milhões de pessoas por ano percam a vida, em resultado de doenças relacionadas com o tabagismo, número que pode aumentar nos próximos anos, caso não sejam tomadas medidas.

Neste relatório, aquela agência da Organização das Nações Unidas aponta como preponderante o aumento de impostos sobre o tabaco, para travar este aumento da mortalidade.

“Aumentar os impostos sobre o tabaco é uma das formas mais eficazes de diminuir o consumo de produtos que ao mesmo tempo que matam propiciam lucros muito elevados a esta indústria”, destaca Margaret Chan, diretora-geral da OMS, neste relatório.

O documento ‘A Epidemia Global do Tabaco 2015 sugere mesmo que 75 por cento do preço de um maço de tabaco represente a sua carga fiscal. Em alguns países, a tributação sobre os cigarros é relativamente elevada, mas outros praticamente não taxam este produto nocivo para a saúde.

França e China são apontados como exemplos de países onde o aumento da carga fiscal sobre o tabaco teve um impacto positivo na redução do consumo.

Douglas Betcher, especialista da OMS na prevenção de doenças não transmissíveis, realça que nos países mais ricos o aumento do preço em 10 por cento provoca uma redução média de fumadores, em quatro pontos percentuais.

Morrem mais pessoas por culpa da “epidemia do cigarro” do que a soma das vítimas de doenças como sida, malária e tuberculose, aponta aquela agência da ONU.

Estima-se que em todo o mundo haja mil milhões de fumadores. O tabagismo está entre os quatro principais fatores de risco de doenças não transmissíveis, a par do cancro, das doenças cardiovasculares e pulmonares e da diabetes. Estas doenças mataram, em 2012, 16 milhões de pessoas com menos de 70 anos de idade.