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Contas do Benfica chumbadas em Assembleia com petardos, vaias a Vieira e insultos

luis filipe vieira 1Não há memória de uma Assembleia-Geral no Benfica tão agitada como a de ontem. Além dos chumbo das contas do exercício 2011-2012, os adeptos assobiaram Luís Filipe Vieira, presidente muito contestado. Houve assobios, vaias ao presidente e até rebentamento de petardos.

Numa das mais concorridas Assembleias-Gerais dos últimos anos, os adeptos do Benfica foram chamados a votar o Relatório e Contas 2011-2012 e decidiram chumbar o documento, o que sucede pela primeira vez desde que Luís Filipe Vieira assumiu a presidência do Benfica.

Numa noite quente, Vieira foi o alvo dos sócios mais indignados. O presidente do clube encarnado foi várias vezes assobiado e depois do seu discurso um petardo rebentou no local. Luís Filipe Vieira teve mesmo de deixar o recinto sob escolta, com seguranças a protegerem a sua integridade.

O Relatório e Contas do Benfica apresentava um exercício com um saldo negativo de 12,9 milhões de euros, sendo que esse saldo se torna positivo (em 452 mil euros) com o impacto das empresas participadas. O passivo do clube situa-se nos 113 milhões de euros.

Com cerca de 600 associados presentes na Assembleia-Geral, alguns dos quais com 20 votos cada, contaram-se 6988 votos contra e apenas 4000 a favor. Houve ainda 387 abstenções.

Esta assembleia surge na ressaca de mais um mau resultado da equipa, o que se faz repercutir no sentimento de descrença dos sócios. No entanto, os resultados da votação podem ser vistos como um fim de estado de graça de Luís Filipe Vieira, numa altura em que se aproximam eleições no clube.

Ontem, percebeu-se que os sócios do Benfica não estão com Vieira, mas também não se sabe até que ponto a oposição ao atual presidente consegue apresentar alternativas. Bruno Carvalho, candidato derrotado nas últimas eleições, marcou presença na assembleia, assim como alguns opositores a Vieira.

O Benfica enfrenta nova crise diretiva, a um mês das eleições. O ‘reinado’ de Luís Filipe Vieira pode estar perto do fim e não se conhecem as decisões que o próprio presidente poderá ter retirado da reunião magna de ontem.

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