Foi condenado à prisão perpétua por se esquecer do filho no carro ao sol. O bebé morreu
Um homem foi condenado a passar o resto da vida na cadeia. Esqueceu-se do filho de 22 meses no interior do carro, que ficou ao sol, num dia em que as temperaturas chegaram aos 48,8 graus.
Justin Ross Harris foi condenado a prisão perpétua sem hipótese de liberdade condicional.
Enquanto o filho morria, o pai passava o dia a trabalhar e… a tentar engatar uma menor pela internet.
Foi ainda almoçar com os colegas, como num dia normal de trabalho, e depois de sair (pelas 16h15) foi até um centro comercial, só aí se apercebendo que a criança tinha ficado no carro.
Os autos da polícia referem que Justin Ross Harris tentou reanimar o filho, mas sem sucesso.
Face às provas apresentadas, o tribunal da Georgia (EUA) não teve piedade: prisão perpétua por homicídio e ‘depois’ mais 32 anos de prisão por outros oito crimes de que foi acusado, incluindo relações sexuais com menores de idade.
Na tarde do incidente, o homem trocou mensagens com uma menor, com a qual mantinha uma relação amorosa, e convenceu-a a enviar uma fotografia dos seios pelo telemóvel.
Ouvidas em tribunal, outras mulheres, incluindo menores, revelaram que tiveram relações sexuais com o réu.
Ao condenar Justin Ross Harris, o tribunal levou em conta as alegações da acusação de que o homem “se preocupava mais consigo próprio e com as suas obsessões do que com o menino”.
Segundo o Ministério Público, o réu matou intencionalmente o fillho para se furtar às responsabilidades como pai e gozar os casos extraconjugais. O tribunal concordou.
O caso, que já dura há dois anos, promete ter novo capítulo, pois a defesa admitiu recorrer da sentença, a mais pesada possível no estado da Georgia.
O menino Cooper foi uma das quase 700 crianças que morreram de calor no interior de um automóvel nos últimos 18 anos.
A peritagem demonstrou que a temperatura no interior do carro de Justin Ross Harris atingiu, nesse dia, os 48,8 graus Celsius.
A mãe do bebé, que na altura estava casada com Harris, testemunhou não acreditar que ele fosse capaz de matar o filho intencionalmente.