Comboio forçado a deixar Ghouta antes de descarregar ajuda humanitária
A Cruz Vermelha Internacional (CVI) revelou que o enclave de Ghouta, na Síria, foi bombardeado quando o comboio humanitário estava a descarregar a ajuda internacional.
Hoje, a ajuda humanitária chegou pela primeira vez a Ghouta, onde cerca de 400 mil pessoas vivem no meio da guerra entre o regime sírio e as forças rebeldes da oposição.
Apesar da Rússia ter prometido que a Síria faria um cessar-fogo, para permitir a chegada da ajuda humanitária, mas o comboio, com mais de 40 vagões, foi obrigado a retirar com o reatar dos bombardeamentos, por parte das forças do regime sírio.
“A equipa está a salvo, mas, dada a situação de insegurança, foi decidido voltar por agora”, explicou a porta-voz da CVI, Iolanda Jaquemet, em Genebra (Suíça).
“Os comboios foram carregados com o máximo de carga possível, dada a situação atual no terreno”, acrescentou ainda a responsável, lembrando que os bombardeamentos não permitiram descarregar todos os mantimentos.
A batalha pelo controlo de Ghouta está cada vez mais violenta, com mais de um terço da cidade a estar já sob controlo das forças do regime.
Já a Organização Mundial de Saúde acusou a Síria de mandar retirar 70 por cento dos medicamentos que seguiam no comboio humanitário, impedindo que o material chegasse a Ghouta.