Ciência

Cientistas conseguiram descobrir como se proliferam as células do melanoma

Investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália, conseguiram identificar com sucesso a maneira como se espalham as células do melanoma, o mais grave cancro da pele. A descoberta veio abrir novos caminhos para os tratamentos que evitam essa proliferação.

O estudo revelou “o mecanismo através do qual as células do melanoma mudam comportamentos”, afirmando que prevenir esta mudança para um comportamento invasivo, “possibilita evitar que as metástases (células com mutações cancerígenas) se espalhem, no melanoma e potencialmente em outro tipo de cancros também”, segundo o cientista líder da investigação que foi publicada na revista ‘EBiomedicine’.

Aaron Smith, investigador da Escola de Ciências Biomédicas da Universidade de Queensland, explicou que o cancro caracteriza-se pelo crescimento descontrolado de células. No entanto, este não é o único problema. O que torna o cancro mortal é a sua tendência para mudar, invadir tecidos e deslocar-se para outras regiões do corpo, num processo denominado por metástases. “Um melanoma com metástases é um dos tipos de cancro mais agressivos e difíceis de tratar”, referiu.

Os cientistas ao examinar as amostras de tumores de melanoma, observaram que algumas células estão numa primeira fase mais proliferativas e algumas são mais invasivas e migratórias. “Também sabemos que algumas células podem alternar entre estes dois comportamentos, ou seja, uma célula capaz de estabelecer um novo tumor no mesmo local pode tornar-se mais invasiva e facilitar a distribuição do cancro para outras partes do corpo. O que não sabíamos era que a razão por que isto acontecia”, sublinhou Aaron Smith.

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