É a crónica de uma morte anunciada. Com o avanço na tecnologia, as cassetes de vídeo – as icónicas VHS – vão deixar de ser fabricadas. A Funai Electric, que chegou a vender mais de 15 milhões de unidades por ano, anuncia o fim da produção.
Pronto para dizer adeus às icónicas VHS? Com as novas formas de partilha e armazenamento em formato vídeo certamente já nem as utiliza, mas na verdade aquelas cassetes permanecem vivas no seu imaginário.
É intrínseco nos humanos. Alguns objetos que utilizamos no quotidiano conquistam o nosso carinho e, mesmo que deixemos de os utilizar, são sempre ‘úteis’, nem que seja na nossa memória.
Um desses objetos será, certamente, a cassete de vídeo, que nos levou ao videoclube vezes sem conta, que guardou o filme que deu na televisão, ou que armazenou o vídeo doméstico em família.
A japonesa Funai Electric, única empresa no mundo que fabricava vídeo no formato VHS, encerra as portas já neste mês, por culpa deste sinal dos tempos. É o fim definitivo das cassetes de vídeo.
A razão deste fim anunciado está relacionada com novas ofertas de armazenamento, em formatos digitais, que provocaram uma diminuição progressiva da procura do produto.
Sharp, Sanyo e Toshiba trabalhavam em parceria com a Funai Electric.
Outras empresas que eram essenciais para o processo de fabrico, já que faziam peças necessárias para a criação das cassetes, enfrentaram grandes dificuldades e deixaram de poder satisfazer as encomendas da Funai Electric.
Refira-se, no entanto, que os aparelhos com capacidade de fazer a leitura VHS já não eram fabricados. No entanto, sobretudo no Japão, as cassetes ainda eram vendidas, para uso profissional ou por colecionadores, resistentes ao DVD e outras alternativas.
No ano passado, a empresa japonesa venceu apenas 750 mil unidades, o que contrasta com as 15 milhões comercializadas por ano, na década de 80.