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Cavaco em campanha contra a eutanásia

Cavaco Silva é contra a eutanásia. O antigo Presidente exorta “cada português a pensar bem o que significa um médico ser autorizado por lei a matar outra pessoa”.

Em entrevista à Renascença, Aníbal Cavaco Silva justificou o uso das “duas armas” de que dispõe como cidadão: a voz, “não ficando calado”, e o voto nas próximas eleições Legislativas.

A intervenção surge a dias do Parlamento discutir (na próxima terça-feira) projetos de legalização da eutanásia, com o antigo primeiro-ministro e Presidente a considerar que os deputados não foram mandatados, nas eleições de 2015, para legislar tal tema.

Cavaco Silva citou ainda a posição contra a eutanásia assumida por várias entidades e especialistas, sempre apontando o dedo ao Parlamento.

“Como podem os deputados ignorar o parecer dos profissionais de saúde, os enfermeiros e os médicos que lidam com a vida e com a morte? Como podem ignorar o parecer do conselho nacional de ética para as ciências da vida? Como podem os deputados ignorar a posição das várias religiões em que os portugueses se reveem e que se juntaram para condenar a legalização da eutanásia?”

Por estar em causa “a defesa do primado da vida humana”, Cavaco pronunciou-se publicamente sobre uma questão de consciência que diz competir à sociedade e não aos políticos.

“Cada português deve pensar bem o que significa uma pessoa, um médico, ser autorizado por lei da Assembleia da República a matar outra pessoa”, referiu.

E ficou o aviso: “Se tal acontecer, a nossa sociedade rompe uma barreira e dá um salto no desconhecido muitíssimo perigoso”.

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