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Carlos Sousa quer recuperar ritmo após dois anos de ausência do Dakar

Começou já a contagem decrescente para Carlos Sousa na nova etapa da sua carreira no todo-o-terreno internacional, alinhando na edição 2018 do Rali Dakar aos comandos de um Renault Duster da equipa oficial sul-americana. O piloto de Almada espera conseguir terminar a prova ‘rainha’ do TT mundial no top dez, já que o potencial do carro permite pensar em tal objetivo.

Para o desafio sul-americano Carlos Sousa conta com um navegador experiente, o francês Pascal Maimon, o mesmo que venceu o Dakar 2002 ao lado de Hiroshi Masuoka.

Na prova que em janeiro do próximo ano vai levar os concorrentes a percorrerem trilhos da Argentina, Peru e Bolívia, Carlos Sousa quer aproveitar toda a sua experiência para retirar o máximo do Duster, numa ‘aventura’ que há uns meses estaria muito longe de ser imaginada.

“Estava longe de imaginar que estaria de regresso ao Dakar. Estava descansado em casa, quando recebi um telefonema com o honroso e irrecusável convite do Renault Duster Dakar Team. Apesar de estar sem correr há dois anos, a adrenalina subiu de imediato e, a verdade, é que não vejo a hora de me sentar aos comandos do Duster”, afirma Carlos Sousa a semanas da prova.

Nos primeiros dias de dezembro o piloto português faz um primeiro teste de preparação, que o próprio considera importante: “Vou rodar, pela primeira vez, com o Duster e vou tentar recuperar o ritmo perdido em dois anos de ausência de competições. Um teste que está marcado para uma zona de deserto na Argentina. A falta de ritmo é uma das minhas maiores preocupações, pois há dois anos que não me sento num automóvel de competição. Por isso mesmo, o teste vai ser importante, até para ficar a conhecer minimamente o Duster. Aliás, estou com bastante curiosidade em o pilotar, até pelo facto de, para mim, marcar o regresso aos carros equipados com motores a gasolina”.

Por outro lado, será também a primeira oportunidade para Carlos Sousa rodar com o francês Pascal Maimon, o navegador escolhido para este regresso ao Dakar. “Há vários anos que nos conhecemos, com algumas lutas em pista, mas com uma amizade que se foi cimentando. Meio a brincar íamos dizendo que, um dia, iríamos correr juntos. E assim que o meu nome surgiu na lista de inscritos provisória, o Pascal ligou logo a perguntar se era desta que íamos fazer dupla. O acordo ficou estabelecido no momento. É uma das referências da modalidade na arte da navegação. O seu palmarés diz tudo sobre a sua experiência e competência. Também é um especialista em mecânica, pelo que a escolha não podia ser mais certa”.

Apesar de estar parado há dois anos, e de estar aos comandos de um carro completamente novo para si, o piloto de Almada lembra que esta não é uma situação nova para si: “Já estou habituado a este tipo de dificuldades, pelo que espero ultrapassar tudo isso o mais rápido possível. Primeiro vou de me adaptar a tudo o que é novidade. Mas quero andar o mais rápido possível, nunca esquecendo que o Dakar ainda continua a ser uma prova maratona. É verdade que cada vez mais parece um vulgar rali face às lutas que se travam nos lugares cimeiros, mas a gestão do ritmo continua a ser essencial para a conquista de um bom resultado. E como a edição deste ano começa logo com vários dias no deserto, acredito que isso pode ser uma vantagem para mim. Aliás, acredito mesmo que, ao contrário dos outros anos, podemos chegar a meio da prova com vantagens significativas entre os pilotos da frente. Mas o Dakar é sempre fértil em surpresas, por isso, vamos ver o que nos reserva este ano”.

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