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Cancro da mama: Mapa das mutações genéticas é “avanço extremamente significativo”

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Os investigadores conseguiram identificar 93 genes que podem estar na origem do cancro da mama. Este mapeamento é um “avanço extremamente significativo” para um futuro desenvolvimento de tratamentos mais específicos. O estudo já foi publicado na revista Nature.

Ao longo deste demorado processo, os cientistas examinaram mais de 3000 milhões de letras, referentes a 560 casos de cancro da mama (só quatro eram em homens), para mapear o código genético da doença.

“É um marco significativo para a investigação do cancro”, resumiu Michael Stratton, o diretor do Instituto Sanger, em Cambridge (Inglaterra), e coordenador do trabalho, em declarações à BBC.

“No fim do século passado, fomos capazes de identificar os primeiros genes individuais mutantes”, contextualizou: “Agora, com a nossa capacidade de sequenciar todo o genoma de um grande número de cancros, estamos no caminho para criar uma lista completa destes genes mutantes do cancro”.

Com a identificação destes 93 genes, cinco dos quais ainda não tinham sido descobertos, os cientistas abriram a porta ao futuro desenvolvimento de medicamentos mais direcionados para as especificidades de cada tumor.

“Nós entregámos a lista às universidades, farmacêuticas e empresas de biotecnologia para que comecem a desenvolver novas drogas”, revelou Mike Stratton.

Este mapeamento exaustivo é fundamental para compreender como é que a mutação genética ocorre num tecido saudável, o que poderá permitir um tratamento mais personalizado.

“No futuro, gostaríamos de traçar o perfil individual dos genomas de cancro, a fim de identificar o tratamento mais benéfico para uma mulher ou um homem diagnosticado com cancro da mama”, acrescentou uma das investigadoras, Serena Nik-Zainal.

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