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Câmara de Almada paga 200 mil euros anuais por quinta sem uso

A presidente da Câmara de Almada suspeita de gestão danosa por parte do anterior executivo, que arrendou a Quinta dos Espadeiros por 200 mil euros anuais… sem nunca a ter usado.

Em Assembleia Municipal, Inês de Medeiros apresentou o contrato de arrendamento de “uma casa particular, junto ao Koi Park, para não se sabe bem o quê”.

Suspeitando de “má gestão, ou de gestão menos rigorosa”, a autarca prometeu enviar o contrato para o Ministério Público.

“Alguém me há-de explicar porque é que o município de Almada alugou em 2016, por 200 mil euros por ano, uma casa particular de que nunca pediu sequer a chave”, insistiu.

Joaquim Judas, que antecedeu Inês de Medeiros na liderança do município, defendeu o contrato como tendo por intuito acolher o espólio do pintor Rogério Ribeiro.

Para além de ser “um espaço de vários hectares” com “grande qualidade paisagística”, é também um terreno “com ótimas acessibilidades” e que se encontra “numa zona de grande afluência de público”.

“Pareceu-nos na altura ser necessário fazer esse contrato para criar condições para que o protocolo entre o município e a família pudesse ser concluído o mais rapidamente possível”, frisou o ex-presidente da Câmara, agora vereador.

A Quinta dos Espadeiros seria para arrendar como “alternativa transitória” enquanto não fosse criado o Museu de Arte Contemporânea, orçado em seis milhões de euros.

O contrato é de 2016 e nem sequer foi aprovado em reunião de câmara.

“Não fui informado pelos serviços dessa necessidade e estávamos convencidos, em 2016, de que o processo seria mais rápido”, explicou Joaquim Judas, em declarações ao Público.

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