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Bicicleta em Portugal: Plataforma coloca desafio à população

bicicleta em portugalO desafio está lançado. A Plataforma Tecnológica da Bicicleta quer trabalhar com todas as entidades, sejam públicas ou privadas, para se estimular o uso de veículos de duas rodas em Portugal. Andar de bicicleta faz bem aos cidadãos, à economia, à mobilidade e às cidades.

O projeto Compromisso pela Bicicleta, lançado pela Plataforma Tecnológica da Bicicleta e Mobilidade Suave, fundada em 2004 pela Universidade de Aveiro, quer promover os velocípedes como meio de transporte nas deslocações da população, ao mesmo tempo que se contribui para diminuir os automóveis nas estradas.

Para além de reduzir a sinistralidade rodoviária, o uso da bicicleta permitirá baixar as emissões e a dependência energética dos combustíveis fósseis, enquanto se qualifica e humaniza o espaço público das cidades.

A apresentação do Compromisso referiu o objetivo de “colocar na agenda pública o tema da bicicleta nas suas múltiplas dimensões, alinhar os esforços dos vários parceiros (governo, autarquias, universidades, empresas do sector, empresas em geral, organizações da sociedade civil) e tirar partido das competências existentes em Portugal no seio do tecido institucional, universitário, empresarial e cívico”.

Este ano, no entender dos promotores da iniciativa, “pode vir a ser decisivo para a bicicleta em Portugal com benefícios para os cidadãos, a economia, a mobilidade e as cidades”.

“No presente ano de 2016, prevêem-se um conjunto de programas públicos de investimento em Portugal dos quais se salienta o UBike, promovido pelo IMT e dirigido a instituições de ensino superior (com uma dotação de 5,5 milhões de euros), e os Programas Estratégicos de Desenvolvimento Urbano promovidos por cerca de 100 municípios com uma linha de ação dirigida especificamente para a mobilidade urbana sustentável (que poderá ir até 300 milhões de euros)”, salienta o documento.

O Compromisso pela Bicicleta, apresentado no município “campeão” no uso de bicicletas, a Murtosa, recebeu o apoio expresso de entidades como a Federação Portuguesa do Ciclismo, a Federação Portuguesa do Cicloturismo e a ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias das Duas Rodas.

As metas para o arranque da iniciativa apontam para um aumento de dez por cento na quota de uso da bicicleta nas deslocações entre casa e o trabalho (ou escola), duplicando o registo atual, e um incentivo à aquisição de bicicletas, também como estímulo à produção nacional, a terceira a nível europeu.

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