Economia

BES: Banco de Portugal ‘responde’ à SIC sobre alegado conhecimento da falência

O caso BES voltou à ribalta com uma reportagem da SIC que denuncia um conhecimento antecipado – 17 meses – da falência por parte do Banco de Portugal. O regulador ‘respondeu’ hoje, em comunicado, sublinhando o “acompanhamento permanente” da situação.

De acordo com o trabalho ‘Assalto ao Castelo’, do jornalista Pedro Coelho, o Banco de Portugal soube da falência do Banco Espírito Santo ainda em 2013, 17 meses antes da ‘confirmação’ oficial.

“A administração do BPI colocou um grupo de técnicos a investigar as contas do Grupo Espírito Santo – e estamos a falar de janeiro de 2013, portanto, 17 meses antes da derrocada – e concluiu, avaliando as contas de 2010 e 2011, que o Grupo Espirito Santo estava falido. Tinha uma dívida de 6000 milhões de euros nessa fase e a dívida não parava de aumentar”, denunciou o jornalista da SIC.

A reportagem põe em causa a atuação do regulador, que já ‘respondeu’ com um comunicado de oito pontos.

No texto, o Banco de Portugal confirmou a autenticidade da nota (referida na reportagem) sobre a existência de informação relativa à situação de falência do BES.

No ponto 4 do comunicado, o regulador salienta que essa nota foi “desenvolvida a pedido do Conselho de Administração do Banco de Portugal”, no âmbito do “exercício de acompanhamento permanente de toda a informação relevante que envolvia, direta ou indiretamente, administradores do Grupo BES”.

“Esta nota não mais do que contribui para demonstrar que o Banco de Portugal estava a avaliar todas as situações que pudessem influenciar a avaliação da idoneidade de membros do órgão de administração do BES”, complementou a entidade.

No ponto 5, o Banco de Portugal esclarece que, “no final de 2013, não dispunha de factos demonstrados que – dentro do quadro jurídico então aplicável e atenta a jurisprudência dos tribunais administrativos superiores – permitissem abrir um processo formal de reavaliação de idoneidade dos administradores em causa”.

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