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Balanço de 27 mortos nos incêndios

Patrícia Gaspar, da Autoridade Nacional da Proteção Civil, acaba de confirmar a existência de 27 vítimas mortais, no ‘briefing’ das 11h00. Óbitos ocorreram nos distritos de Guarda, Coimbra, Viseu e Castelo Branco.

Quanto aos feridos, são 51, com 15 deles em estado grave.

Dos quase 150 incêndios ativos, 32 estão classificados como de “importância elevada”. “Seis começam a apresentar já alguns sinais de cedência, como em Oliveira do Bairro”, destacou a responsável.

“Resta apurar em detalhe todas as circunstâncias. Estamos a contabilizar todas as pessoas que até esta hora faleceram em resultado dos incêndios florestais no país. Temos vários incêndios em curso, não seria sensato fechar este balanço a esta hora”, reforçou.

“A próxima noite vai ser já bastante diferente daquele que nas últimas horas vivemos”, acrescentou a porta-voz da ANPC, lembrando os “avisos de precipitação” divulgados pelo Instituto Português do Mar e Atmosfera.

Patrícia Gaspar acrescentou que “ontem foi ativada uma linha de emergência que visa fazer a ponte entre a população e todas as entidades”.

O alerta vermelho mantém-se para “todos os distritos”, o qual irá sendo “revisto ao longo do dia de hoje”.

Os dados citados foram “recolhidos no terreno, com base nas várias entidades responsáveis pelas operações, como bombeiros e INEM”.

“Ontem houve vários constrangimentos, houve locais que não estavam pura e simplesmente acessíveis, estamos a chegar agora a estas áreas afetadas. Há pessoas com as quais os familiares não conseguiram contactar, vamos ter que aguardar”, referiu ainda a porta-voz da ANPC, em resposta a questões dos jornalistas: “É possível que haja zonas que não tinham sido completamente reconhecidas. Esperamos que não”.

A nível de meios aéreos, “temos uma oferta de Itália, dois aviões, que vamos analisar”. Os operacionais “envolvidos apenas nos incêndios ativos” são 4000, mas “com os incêndios já dominados e em fase de rescaldo chegam aos 5000”.

“Na prática, não houve nenhuma retração do dispositivo”, frisou Patrícia Gaspar.

A negligência e seca acumulada foram os dois principais motivos para que ontem, domingo, tenha sido “o pior dia do ano” em matéria de incêndios.

“É difícil pedir mais a este dispositivo”, insistiu a responsável: “A Proteção Civil não foi surpreendida pela violência dos incêndios, com os avisos meteorológicos sabíamos que em caso de ignição seriam incêndios com complexidade acima do normal. Por isso é que país ficou praticamente todo em alerta vermelho”.

[Em atualização]

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