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Ataques de lobos a rebanhos na Guarda não invalidam o “convívio harmonioso”, explica o Grupo

lobolobox510O Grupo Lobo emitiu um comunicado a salientar que o recente ataque a um rebanho de ovelhas na Guarda, supostamente por uma alcateia, não afeta “as hipóteses de convívio harmonioso entre o Homem e o Lobo”, mas reflete a “a urgência da continuada utilização de formas de convívio”.

Na Guarda ainda se comenta o acontecimento do passado dia 21, quando um rebanho de ovelhas foi atacado na Granja do Jarmelo. O Grupo Lobo veio a terreiro defender o maior predador português, alegando que não está provado que tenha sido o lobo a cometer o crime e a destacar que é possível exercer o pastoreio mesmo que o lobo esteja a rondar.

“Partindo do princípio que se tratou efectivamente de um ataque de lobos, não de cães vadios, algo que ainda vai ser verificado, o Grupo Lobo lamenta o sucedido e reafirma a necessidade de, face ao regresso natural do lobo a estas paragens, ser necessário voltar a utilizar antigos métodos de protecção do gado, ainda empregues noutras zonas do País com bastante sucesso, sem esquecer a utilização de sistemas mais modernos”, salienta o comunicado da organização.

A nota relembra que “um dos objectivos do Projecto LIFE MED-WOLF – Boas Práticas para a Conservação do Lobo em Regiões Mediterrânicas – é a diminuição do conflito entre a presença do lobo e as actividades humanas, em regiões rurais onde os hábitos culturais de coexistência se têm vindo a perder”, como acontece no distrito da Guarda.

“Com o regresso natural deste predador à região da Guarda, os atritos tendem a aumentar, levando à necessidade de implementar formas correctas de maneio do gado, como seja o confinamento nocturno, cercas que impeçam a entrada dos lobos e ainda a utilização de cães de gado eficazes”, explicam os autores do texto, lembrando que “estes meios de protecção já estão previstos como condição para a atribuição de compensações definidas na Lei de Protecção do Lobo, em caso comprovado de ataque deste predador”.

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