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As vespas que nos vão matar a todos!

abelha morta

“Se as abelhas desaparecessem da face da terra, a espécie humana teria somente mais 4 anos de vida. Sem abelhas não há polinização, ou seja, sem plantas, sem animais, sem homens” Quem disse tal blasfémia? Albert Einstein, e pelos vistos não estava assim tão errado.

Como não estava errado? Esta frase nunca teve tanta importância como hoje em dia, calcula-se que em 2004, a ‘personificação’ da ameaça que vivemos no nosso país, entrou no porto de Bordéus vindo da China um cargueiro com ninhos de Vespas Velutinas (Vespa Velutina Nigritorax), o que é que vespas têm que ver com abelhas? Muito. Mais precisamente… extinção.

30 vespas inofensivas desfazem 30.000 abelhas em poucas horas. Não, não me enganei nos números. É chocante e a melhor parte é que há um vídeo no youtube que comprova a eficácia destes assassinos com asas, basta pesquisarem o nome destas vespas.

Qual o verdadeiro problema, acabar com um ninho não é propriamente física quântica, com equipamento apropriado e um maçarico não corremos grandes riscos e é uma forma eficiente de acabar com um ninho deste tipo de vespas, neste momento os bombeiros têm ‘apagado’ mais ninhos que fogos, o que é assustador…

Assustador? Uma vespa? Uns dirão claro que sim, outros dirão que não. A questão é que não estamos a falar de uma vespa comum, estamos a falar de uma vespa com cerca de 2,5cm a 3,5cm que constroem ninhos de 50cm a 80 cm diâmetro. Estamos a falar de ‘Vespas’ não de ‘vespas’.

Até aqui tudo bem, uma praga, é chato ter um ninho deste tamanho com vespas enormes a rondar à porta de casa, mas qual é a ameaça destas vespas para a humanidade? Tal como Einstein disse, as abelhas são responsáveis por grande parte da polinização no mundo inteiro. Ou seja sem abelhas as flores, plantas etc não se ‘reproduzem’, como tal, sem vegetação não há animais, sem animais não há homem. Obviamente que isto não é tão linear como poderíamos pensar num cenário quase apocalíptico de um mundo habitado por vespas com ‘50 metros de comprimento’.

Mas é grave, é preocupante e até agora sem solução aparente, calcula-se que as abelhas comuns ‘portuguesas’ demorariam décadas a integrar no seu ‘ADN’ o mecanismo de defesa das suas parentes chinesas, que são atacadas à muito pelas vespas velutinas daí oriundas, este mecanismo para além de demorar demasiado a ser incluído no ‘ADN’ das abelhas não é propriamente eficaz.

O que as abelhas conseguem fazer é pouco mais do que aumentar a temperatura à volta das vespas, que apenas aguentam 40 graus para 41 graus, visto que as abelhas só aguentam temperaturas até aos 42 graus, a linha ténue, entre matar uma vespa gigante com o simples bater de asas coordenado entre umas quantas abelhas, entre o sucesso e o suicídio.

O pior é que mesmo sem ser alérgico estas vespas podem matar, não sendo mais perigosas do que as Europeias as também apelidadas ‘vespas asiáticas’ têm a capacidade de largar toxinas que podem revelar-se mortais. Não destroem só abelhas podem também faze-los com pessoas. E aqui o problema agrava-se!

{loadposition inline}Então mas não se erradica esta espécie da Europa tão rápido quanto se espalhou porque? Simples. Tal como disse acima é relativamente fácil acabar com um ninho, mesmo localizá-lo, qualquer pessoa que vir um enxame desta espécie e esteja informada apercebe-se perfeitamente do que está a observar.
O problema é que estas vespas estão neste momento a descer o país criando mais ninhos e reproduzindo-se como uma ‘praga’, e enquanto estiverem perto de nós bem ou mal vamos identificando os ninhos e acabando com eles, mas não podemos varrer cada canto e recanto de árvores ou casas onde estas se podem formar num território ‘tão extenso’ como Portugal inteiro, como tal a reprodução e alastramento da espécie está infelizmente no bom caminho.

Um bom mecanismo de luta por parte dos seres humanos, é tentar aumentar o número de abelhas de forma a que não se sinta o impacto devastador destes invasores pretos e amarelos.
Ou então rezar para que amanhã não tenha um ninho de vespas asiáticas a porta de casa!

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