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Areal pede desculpa pelo Diogo, que largou o gato da varanda

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Na tarde de quarta-feira, o PT Animal avançava que um livro de fisico-química propunha vários exercícios a partir da premissa “O Diogo largou um gato da varanda do seu quarto, situada a 5 m do solo”. Ontem, a Areal Editores pediu desculpa pela “infelicidade do exemplo apresentado”.

A Areal Editores corrigiu a “infelicidade” do exemplo que servia de base para exercícios de física, no qual “o Diogo largou um gato da varanda do seu quarto, situada a 5 m do solo”.

O caso foi avançado pelo PT Animal, depois de uma utilizadora do Facebook ter partilhado a indignação pela sugestão de largar um animal doméstico a cinco metros de altura, num post que ameaçava tornar-se viral.

“Aos excelsos professores de física que escreveram estes exercícios (e o ilustram com o paradigma da queda do gato, problema muito mais complexo) e à Areal Editores deverão ser dirigidas às queixas quanto às consequências de fazer o exercício em casa: 90 por cento dos gatos sobrevivem às quedas, a maioria com lesões graves ou muito graves (senhores professores, isto quer dizer que 10 por cento morrem! Caso não consigam trabalhar com percentagens). As quedas de andares menos altos são as mais graves (os 5 metros do exercício)”, argumentou Luísa Coelho.

Ontem, a Areal Editores respondeu, também através do Facebook, assumindo ter sido “um exemplo infeliz” e garantindo que o mesmo já foi retirado do caderno de exercícios.

“Hoje, dia 21 de maio, surgiram nas redes sociais considerações menos positivas sobre um exercício de Física que envolvia um gato que era largado de uma varanda, num caderno de atividades por nós produzido. Temos de reconhecer que concordamos convosco, no que respeita à infelicidade do exemplo apresentado: é um exemplo infeliz, que em nada se coaduna com a nossa postura, e que passou despercebido às várias pessoas que produziram e reviram o texto”, lamentou a editora.

“O ser humano, por melhor que possa ser, também erra”, continuava o texto da Areal: “Importante é que o erro cometido possa contribuir para melhorar tudo o que fazemos. As nossas desculpas são extensíveis a todos. Podemos garantir que tal exemplo já não constará da versão que será disponibilizada aos alunos”.

Apesar do pedido de desculpas, ainda há muitos utilizadores do Facebook a manterem as críticas, como se pode ler no comentário ao post citado.

“Depois do gato atirado pelo Diogo, talvez avançar agora com um exercício em que o Diogo assiste a um episódio de violência doméstica, para se desenvolverem cálculos que definam a força do impacto do murro do pai na cara da mãe”, ironizou João Costa.

Sendo um livro educativo, houve também quem tivesse aproveitado para ‘largar’ uma crítica ao ministro da Educação, como Cristina Henriques: “Eu acho que foi apenas uma gralha, o que deveria estar escrito em vez de gato era a palavra Crato. Aí sim seria um exercício bastante pedagógico”.

Há também comentários, muitos, a elogiar a postura da Areal, depois de descoberto o “exemplo infeliz”.

“Reconhecer um erro é sinónimo de grandeza que nem todos têm. Alterar um livro que já está editado não deve ser fácil por isso os meus parabéns pela vossa postura”, comentou Madalena Rebelo.

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