Cultura

Amrita Sher-Gil lembrada no 103.º aniversário

Amrita Sher-Gil é lembrada pela Google com um doodle, no dia do 103.º aniversário da pintora indiana, que se assinala neste dia 30 de janeiro de 2016.

Para lembrar Amrita Sher-Gil, um google doodle alusivo à obra da indiana (da autoria de Jennifer Hom) preenche a página principal da pintora nascida na Índia.

Hoje recorda-se a artista Amrita Sher-Gil, uma pintora nascida em Budapeste, na Hungria, mas que mudou de nacionalidade depois de se mudar com a família para a Índia.

A pintora Amrita Sher-Gil inspirou a Google para um doodle de tributo, com a representação do quadro ‘Grupo de três jovens mulheres’, a sua mais conhecida obra, que representa também uma homenagem à mulher indiana.

Amrita Sher-Gil nasceu em Budapeste, no dia 30 de janeiro de 1913. Era filha de um aristocrata indiano e de uma cantora de ópera húngara. A ligação ao mundo das artes marcou a sua infância, não só pelo facto de a mãe ser cantora.

Amrita Sher-Gil muda-se para a Índia em 1921 e começa, ainda na infância, a aprender a tocar piano e violino. A pintura entra no seu íntimo aos 5 anos de vida, numa altura em que Amrita Sher-Gil estaria longe de imaginar que essa seria a sua carreira profissional e que se notabilizaria tanto.

Jennifer Hom, autor do doodle da Google que preenche a página principal do motor de busca, inspirou-se num quadro ‘Grupo de três jovens mulheres’, da pintora indiana.

Corria o ano de 1923 quando Amrita viajou para Florença, em Itália, onde esteve em contacto com grandes nomes das artes e, acima de tudo, com as maiores obras da época do Renascimento – momento da história tão brilhante, em termos artísticos.

A pintora indiana tinha apenas 10 anos, mas já sorvia a mais fina arte do mundo. Até que aos 16 anos se muda para Paris, onde estudou na Escola de Belas Artes.

Amrita Sher-Gil recebeu influência de nomes (também eles eternos) como Paul Cézanne e Paul Gauguin – sob orientação do seu mestre, Lucien Simon, e ao lado de artistas como Boris Teplitsky.

As suas primeiras pinturas exibem uma influência significativa da pintura ocidental, sobretudo aquela que nasceu nos círculos boémios de Paris, no início dos anos 1930.

Em 1932, fez a sua primeira obra importante, precisamente aquela que o doodle exibe hoje, o que abriu portas ao Grand Salon de Paris, em 1933, fazendo dela a mais jovem de sempre e a única asiática a receber este reconhecimento.

O quadro esteve exposto no National Gallery of Modern Art, em Nova Déli.

Em 1934, Amrita Sher-Gil começou a ser “assombrada por um intenso desejo de voltar para a Índia”, como mais tarde viria a escrever.

Deu início então a uma redescoberta das tradições da arte indiana, que viria a marcar a sua obra.

Mais tarde, em 1937, ela viajou para sul da Índia e produziu a famosa trilogia do sul indiano de pinturas, que revelam a sua paixão pela cor, tão forte e expressiva como a pobreza e desespero do povo indiano. Sempre com a influência de Paris, de Florença e, acima de tudo, do Renascimento.

O espólio criado por Amrita Sher-Gil está na Galeria Nacional de Arte Moderna de Nova Déli. Hoje, um Google doodle lembra Amrita, com a mais reconhecida obra da pintora.

Amrita ficou sensibilizada pela pobreza e as suas pinturas de aldeões indianos e mulheres são um reflexo do seu estado meditativo.

No ano seguinte, Amrita casa com o primo, até que em 1941 adoece, gravemente, e fica em coma profunda, que se prolongou até à morte, que ocorre a 6 de dezembro de 1941.

Por explicar ficam as causas da morte. No entanto, a mãe acusou o genro de a ter assassinado.

Um dia após sua morte, a Inglaterra declarou guerra à Hungria e o marido de Amrita Sher-Gil foi enviado para a prisão, como inimigo nacional.

Entretanto, o corpo de Amrita foi cremado a 7 de dezembro de 1941, em Lahore.

O espólio criado por Amrita Sher-Gil está na Galeria Nacional de Arte Moderna de Nova Déli. Hoje, um Google doodle lembra Amrita, com a mais reconhecida obra da pintora.

A arte de Sher-Gil influenciou gerações de artistas indianos e sua descrição da situação das mulheres transformou a sua arte num exemplo para as mulheres, tanto na Índia como no mundo.

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