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Bebe ao volante? Na Tailândia seria condenado a trabalhar na morgue

A Tailândia prepara-se para tomar medidas drásticas contra a mortalidade rodoviária. Um dos flagelos do país é o elevado número de condutores alcoolizados. Um governante quer um novo castigo para quem beber ao volante: cumprir horas de serviço comunitário na morgue.

O serviço comunitário é uma pena que tem ganho uma justa popularidade: evita a sobrelotação das prisões e permite que os condenados continuem inseridos na sociedade, entre outras vantagens.

Segundo o Bangkok Post, as autoridades da Tailândia, um país onde 26 por cento das mortes na estrada se devem à condução sob efeito do álcool, estão a estudar uma proposta de lei de Nonjit Natepukka para alargar a pena de serviço comunitário.

Natepukka, um governante que trabalha em pelouros relacionados com o trânsito, pretende que os condutores apanhados a conduzir embriagados sejam “condenados a enfrentar a própria mortalidade”: ou, numa explicação mais simples, cumpram as horas de serviço comunitário nas morgues dos hospitais.

O autor deste projeto de lei sustenta a iniciativa com base nos dados que revelam um aumento do número de condutores embriagados apanhados quer pela primeira vez, quer repetidamente, em especial durante os períodos festivos.

Trabalhar junto de cadáveres, muitos nesse estado por terem abusado do álcool, terá um efeito preventivo superior ao das penas atuais, como a limpeza das ruas ou o corte de árvores.

O projeto de lei ainda aguarda a votação, mas – diz o Bangkok Post – o Governo já deu instruções aos hospitais públicos para irem preparando a ‘receção’ aos condenados.

Várias organizações internacionais colocam a Tailândia como o segundo país com a mais alta taxa de mortalidade rodoviária, sendo o líder no continente asiático. As mortes na estrada correspondem a 5,1 por cento de todos os óbitos.

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