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Mesquita Nunes assumiu ser gay para “promoção pessoal”, acusa colega do CDS

A entrevista de Adolfo Mesquita Nunes, na qual assumiu a homossexualidade, volta a agitar o CDS. Miguel Alvim considerou que “a manchete mediática” nada trouxe ao País ou sequer ao partido, tendo sido apenas “uma proposta de promoção pessoal”.

Foi a 10 de fevereiro que o vice-presidente do partido de matriz católica assumiu a homossexualidade, numa longa entrevista ao Expresso.

“É algo que faz parte de mim e com que convivo perfeitamente e com naturalidade”, justificou, à data, Adolfo Mesquita Nunes.

As reações não tardaram, com várias personalidades a elogiarem ou agradecerem ao vice-presidente do CDS por revelar a orientação sexual.

Mas há sempre quem seja do contra e hoje, 20 de fevereiro, um elemento da Comissão Política Nacional centrista acusou Adolfo Mesquita Nunes de fazer a ‘revelação’ apenas para se publicitar, num artigo de opinião publicado no Observador.

“O referido depoimento de Mesquita Nunes, apesar da manchete mediática que inegavelmente teve, constituiu, sobretudo, uma proposta de promoção pessoal”, escreveu Miguel Alvim.

A pensar já no Congresso do CDS, a 10 e 11 de março, o influente militante salientou que a entrevista do vice-presidente não teve qualquer relevância ou interesse “do ponto de vista da análise política”.

Foram declarações da esfera privada, insistiu o advogado, e que nada interessam ao ‘cidadão comum’, aquele que vota no Bloco de Esquerda que “já percebeu” como fazer “escolhas” em política.

“As pessoas ficam um tanto perdidas, sem perceber, afinal, o fito e a utilidade, o interesse real para os portugueses daquela entrevista de fundo pessoal e privado de um dos dois vice-presidentes em exercício do CDS”, insistiu Miguel Alvim.

Adolfo Mesquita Nunes falou muito, mas não disse o essencial, concluiu o membro da Comissão Política Nacional: faltou-lhe explicar “o projeto reformista e de mudança que o CDS pretende (ou deve pretender) protagonizar em Portugal”.

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