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Acordo com PS dá ao PSD “maior autoridade para criticar”, afirma Castro Almeida

Reafirmando a disponibilidade do partido para acordos sobre “reformas estruturais”, Castro Almeida reclamou uma “maior autoridade para criticar”, o que também obriga o PSD a “intensificar a oposição e mostrar alternativas”.

O vice-presidente social-democrata defendeu, em entrevista ao Público e à Renascença, que os acordos com o PS não tornam o partido em mais uma muleta do Governo.

“Não é o PSD que garante a sobrevivência deste Governo. Nunca tomámos esse compromisso, nem tomaríamos”, frisou.

As duas muletas são os partidos que “garantem a governação corrente” do executivo liderado por António Costa, continuou.

“Este Governo só existe porque o BE e PCP lhe garante a sobrevivência”.

O PSD assinou acordos com o PS por uma questão de “normalidade política”, angariando “maior autoridade para criticar quando tiver que criticar”, defendeu Castro Almeida.

“Terminado este período dos acordos, acho que o PSD tem que intensificar a oposição e mostrar as suas alternativas. Sob pena de, se não o fizéssemos, o país achar que ser do PS ou do PSD era a mesma coisa”, reforçou.

O dirigente social-democrata adiantou mesmo que, no futuro, os portugueses vão achar “estranhíssimo a estranheza que causou haver um acordo entre Governo e o maior partido da oposição”.

O ex-governante insistiu que os acordos para “reformas estruturais” são um sinal “muito poderoso de maturidade democrática” e representam o que considera ser “um sinal de normalidade política” em Portugal.

“Sei que se criou esta cultura, esta rivalidade levada ao extremo, que fez crer que os partidos têm sempre que estar em desacordo”, lamentou.

“O que nós achamos é que a democracia tem um tempo para dividir e tem momentos para unir e concertar posições. O PSD deu um sinal fortíssimo para normalizar a vida democrática”, concluiu Castro Almeida.

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