Hoje é dia

29 de julho, morre António Feio, o ator que fazia rir e pensar

Hoje é dia de recordar António Feio, ator e encenador, espelho da simplicidade, característica que usou para gerar gargalhadas. Morre a 29 de julho de 2010 e torna-se inesquecível.

António Feio nasceu em Lourenço Marques, 6 de dezembro de 1954, vivendo em Moçambique até aos 7 anos. Em 1961, viaja com a família para Lisboa, estreando-se no teatro aos 11 anos, na peça ‘O Mar’, de Miguel Torga, dirigida por Carlos Avilez, no Teatro Experimental de Cascais.

Depressa colhe reconhecimento também muito jovem estreia-se na televisão e no cinema, acumulando também diversas participações na rádio e em algumas campanhas publicitárias.

O seu percurso profissional afasta-se dos palcos, quando decide trabalhar num atelier de arquitetura, como desenhador. Mas o apelo do teatro é mais forte e António Feio regressa, em 1974, à casa que o viu nascer: o Teatro Experimental de Cascais.

Ao longo da sua carreira, trabalhou em diversos espaços de cultura, desde a Casa da Comédia, ao Teatro Nacional D. Maria II, até que conhece José Pedro Gomes, em 1993, ator que viria a ter forte relevância no percurso de António Feio nos palcos.

O teatro viaja para a televisão por intermédio de uma dupla inesquecível, numa Conversa da Treta que nos fazia rir e pensar.

E morreu a rir, com uma lição que vida que conseguiu transmitir, no mediatismo cruel que a doença concede. Enquanto lutava contra um cancro no pâncreas – o “bicho” que queria vencer –, António mostrou o outro lado de si.

A sua dimensão humana esteve à altura do talento que marca a carreira nas artes, quer como ator, quer como encenador. Já perto dos últimos suspiros, recebeu o grau honorífico de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. A 29 de julho de 2010, morreu um homem feliz.

Neste dia, em 1836, dá-se a inauguração do Arco do Triunfo, em Paris. Já em 1899, rubrica-se a Convenção de Haia, através do qual todos os países europeus se comprometem a não usar armas de gás. E também a 29 de julho, em 1957, é criada a Agência Internacional da Energia Atómica.

Nasceram a 29 de julho Alexis de Tocqueville, historiador e cientista político (1805), Alexandre Dumas Filho, escritor francês (1824), Benito Mussolini, estadista italiano (1883), William Cameron Menzies, cenógrafo e cineasta norte-americano (1896), Hermann Esser, alemão chefe de propaganda nazi (1900), Henrique Viana, ator português (1936), e Fernando Alonso, piloto espanhol (1981).

Morreram neste dia Papa Urbano II (1099), Manuel Patrício de Bastos, compositor português (1856), Robert Schumann, músico e compositor alemão (1856), Vincent van Gogh, pintor holandês (1890), Herbert Marcuse, filósofo alemão(1979), e António Feio, ator e encenador português (2011).

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