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Mais de 200 pessoas em protesto, em Lisboa, contra a política de imigração dos EUA

Mais de 200 pessoas manifestaram-se hoje, em Lisboa, indignadas pela política dos EUA de “tolerância zero” à imigração ilegal, um dia depois de Donald Trump ter assinado uma ordem executiva para acabar com a separação de crianças dos pais.

“As pessoas estão aqui justamente porque têm a consciência que os primeiros sinais de recuo de Donald Trump provam a importância da mobilização que o Presidente dos Estados Unidos não recua gratuitamente, recua por ter a noção de que está a ser contestado em todo o mundo”, afirmou José Manuel Pureza, deputado do Bloco de Esquerda, um dos promotores da manifestação contra a separação de crianças migrantes nos Estados Unidos.

José Manuel Pureza sublinhou que a presença de mais de duas centenas de pessoas na Praça Luís de Camões – entre as quais deputados das diferentes forças políticas, o pensador Eduardo Lourenço, o cineasta António Pedro Vasconcelos e a atriz Inês Castelo-Branco – permitiu afirmar “com força o repúdio por qualquer tipo de política de imigração, seja nos Estados Unidos seja onde for, que agrida e desrespeite os direitos dos imigrantes”.

A manifestação em Lisboa, intitulada “Famílias Unidas, não divididas”, realizou-se em simultâneo no Porto e em Bragança e, como referiu José Manuel Pureza, “um pouco por todo o mundo”, em protesto pela política da Administração Trump, que, na quarta-feira, assinou uma ordem executiva para acabar com a separação de crianças dos pais imigrantes na fronteira dos Estados Unidos.

Apesar da ordem executiva, Trump assinalou que a política quanto aos migrantes indocumentados de “tolerância zero” é para continuar.

Nas últimas semanas, mais de 2.300 menores de idade foram separados dos seus pais nos centros de detenção junto à fronteira com o México, para os quais são enviados os imigrantes indocumentados durante longos períodos de tempo.

As imagens divulgadas pela comunicação social norte-americana mostram centros de detenção formados por jaulas, onde as crianças, separadas dos pais, são colocadas a dormir com um cobertor térmico.

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