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19 de maio, morre Catarina Eufémia, símbolo da luta contra o Estado Novo

Resistente ao regime de Salazar, Catarina Eufémia foi uma ceifeira, analfabeta, morta a tiro durante uma greve contra o Estado Novo, a 19 de maio de 1954, com um dos seus três filhos ao colo. Transformou-se num símbolo da luta dos trabalhadores.

A história de Catarina Eufémia é a melhor personificação da resistência ao regime de Salazar. É uma história terna, que entristece, que representa o combate à opressão. A vida de Catarina foi marcada pela luta, pelo trabalho. A morte, que se assinala hoje, representa a face mais negra de uma ditadura.

Catarina Efigénia Sabino Eufémia nasceu em Baleizão, no Alentejo, a 13 de fevereiro de 1928. Dedicou a sua vida ao trabalho rural, como ceifeira, analfabeta. Durante uma greve, a 19 de maio de 1954, foi baleada por um tenente da Guarda Nacional Republicana. Tinha então 26 anos e carregava ao colo um filho de oito meses, no momento em que é assassinada.

A vida e morte de Catarina Eufémia acabaram eternizadas pela História, cantadas por Zeca Afonso, contadas pelos poemas de Sophia de Mello Breyner, Carlos Aboim Inglez, Eduardo Valente da Fonseca, Francisco Miguel Duarte, José Carlos Ary dos Santos, Maria Luísa Vilão Palma e António Vicente Campinas.

Nasceram a 19 de maio Jacob Jordaens, pintor flamengo (1593), Papa Inocêncio XI (1611), Johann Fichte, filósofo alemão (1762), João do Canto e Castro, presidente português (1862), Mário de Sá-Carneiro, poeta português (1890), Ho Chi Minh, líder revolucionário vietnamita (1890), e Malcolm X, líder negro norte-americano (1925).

Morreram a 19 de maio Ivo Kermartin, santo franciscano e padroeiro dos advogados (1303), Marco António Coutinho, primeiro secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra de Portugal (1750), e Sebastião de Brito e Castro, frei da ordem de S. Bento de Avis e desembargador do Paço (1755).

Morreram ainda José Martí, escritor e herói nacional cubano (1895), Lawrence da Arábia, militar inglês (1935), Charles Ives, compositor norte-americano (1954), Catarina Eufémia (1954), e Jacqueline Kennedy Onassis, ex-primeira dama dos EUA (1994).

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